Impressiona a ‘vocação’ dos nossos políticos para ocupar acento na mesa diretora; da Câmara de Vereadores das pequenas cidades ao Congresso Nacional, passando é claro pelas Assembleias Legislativas. Se levadas em contas as vantagens decorrentes do exercício de qualquer dos cargos, veremos que eles têm razões de sobra por essa luta.

O mecanismo do legislativo de um modo geral não contempla apenas o presidente e o secretário, mas também aqueles que ocupam a suplência de qualquer dos cargos. Anote-se que ao secretário está reservada a função administrativa da casa, com competência para assinar cheques e ordenar despesas gerais. Digamos assim, um cargo poderoso.

Por conta disso é que a movimentação em nossa Assembleia Legislativa vai ganhando contornos interessantes, com deputados se articulando em blocos, mas sem esquecer é claro, o próprio espaço. Conhecedor destas entranhas legislativas, o futuro governador vem dando carta branca para quem quiser se viabilizar, mas sem abrir mão de que o futuro presidente seja gente de sua inteira confiança.

Não é segredo que Zé Teixeira seria o preferido de Reinaldo por uma série de razões, mas Jr. Mochi vem se articulando bem para conseguir a maioria e chegar à presidência. Mas nem tudo é um mar de rosas; nesta quarta feira a deputada Mara Caseira disse-nos que tem sim pretensões de tentar se viabilizar para disputar a presidência ou outro cargo na mesa.

Mas o mesmo Zé Teixeira revelou ao cronista de que não votaria na colega Mara, o que indiretamente revela suas pretensões. Logo depois ouvi as opiniões de Cabo Almi que abriu o jogo admitindo que seu partido se contentaria com a 2ª. secretaria e que as conversas com José Teixeira e Jr. Mochi estariam em andamento.

Mas para os observadores a palavra final seria mesmo do novo governador, que sabe da importância de ter o comando do Legislativo, por onde passam as matérias de seu interesse e que garante a governabilidade. Lembrando: Bernal menosprezou o poder da Cãmara e deu no que deu.

Reinaldo pode acomodar a situação com Zé Teixeira na presidência e Jr. Mochi na Secretaria. Por que não?