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Manoel Afonso - Collor & Excomunhão: de novo?

Manoel Afonso - 09 de março de 2009 - 08:14

“O Brasil é o país das impossibilidades possíveis e qualquer dia o carnaval acaba caindo na sexta feira da paixão” – dizia o grande Gilberto Freire. Quem não se lembra? Dirigentes do PT e líderes sindicalistas orquestrando as manifestações dos “caras pintadas”, usando os estudantes ingênuos para sair às ruas com roupas pretas. Deu audiência na TV. e fez a cabeça da opinião pública que pressionou a Justiça e o Congresso Nacional.
A “moralista” esquerda abominava Collor - tido como símbolo maior da corrupção e o filhote da Ditadura. As passeatas abriram caminho para o impeachment. Só para avivar a memória do leitor: quanto custava mesmo aquela Elba, fruto da corrupção? Merreca perto dos dólares do mensalão do PT.
O tempo passou, Collor jogou direitinho e acabou senador. Homem de sorte! Acabou parceiro do velho amigo Renan Calheiros! E aí, o ex-presidente vai presidir a poderosa Comissão de Infraestrutura do Senado, responsável pelos milhões das obras do PAC. Que ironia!
Há quem diga inclusive que esse canhão poderá tentá-lo a sonhar com o Planalto. Aquela cara de paranóico dele é suspeita e perigosa, mas o próprio Lula acha que está tudo bem e que Collor merece chegar aonde chegou. Santo Deus! Lula e Collor aliados, iguais! Eu bem que desconfiava.
Se o primeiro fantasma não bastasse, na mesma semana voltamos à era medieval através das excomunhões anunciadas pela Igreja Católica em Pernambuco. A visão da “Santa Madre” sobre o aborto daquela garota de nove anos, grávida do padastro, contraria inclusive o pensamento do brasileiro católico, bem representada na feliz manifestação do presidente Lula.
Ora meu Deus! O estupro não é um ato consensual! Ele machuca não só o corpo da mulher, como também sua própria alma. No estupro inexiste o desejo de ambos e nem afeto. Esqueceu a Igreja que o padrasto, não condição de pai, teria direito a visitar as filhas? Como conceber essa situação absurda e desumana pelas circunstâncias mostradas na mídia? E como ficaria a situação da mãe criança? Qual seu futuro?
Repetindo o pensamento nacional: Por que a Igreja não excomunga o padrasto, seus padres pedófilos e o arcebispo que negou o Holocausto dos judeus? Posições fundamentalistas como essa, ajudam a esvaziar as igrejas e alimentam um sentimento de decepção no “rebanho”. Como católico desabafo: bem que a Igreja poderia nos ter poupado desse segundo fantasma.

Se faltam luzes...sobra escuridão!

De leve...

Manoel Afonso

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