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Geral

Manoel Afonso: A cada eleição – uma lição!

Manoel Afonso - 14 de outubro de 2008 - 08:23

Já notaram? Uma eleição jamais repete a anterior. O número de eleitores pode até permanecer inalterado, mas a postura da sociedade não é estática, está sempre em evolução. Esse comportamento se repete no seio das famílias, onde se discute aspectos sociais, econômicos, perfis e propostas de partidos e candidatos. Claro que a família anda apressada, mas de vez em quando sobra uma fresta de tempo para alguns assuntos do dia a dia.
Não é por acaso que muitos marqueteiros quebraram literalmente a cara por aí, quando fizeram leituras equivocadas do pensamento do eleitor. Em alguns casos menosprezaram o direito de pensar do cidadão, acharam que podiam simplesmente induzir e convencer. Ora! Apresentar um candidato não é como vender sabonete, onde a embalagem e o perfume contam muito para o sucesso do produto.
Marqueteiro não é detentor exclusivo de formulas mágicas de ilusionismo. Se fosse assim candidato feio, de poucas letras, sem currículo expressivo, inexperiente, em partido nanico ou sem padrinhos políticos fortes não ganhava eleição de figurões. Conclusão: no campo das eleições, nem sempre a propaganda é a alma do negócio.
Infelizmente os marqueteiros resolveram ser os donos da verdade, produzindo planos de governo e pensando pelos próprios candidatos, quando na verdade deveriam apenas lidar e trabalhar a linguagem dessas idéias. Dar uma roupagem incompatível ao estilo do candidato ou engessá-lo, é dar margem para a opinião pública desconfiar da sinceridade das propostas. É mais ou menos como a propaganda de carro e eletrodoméstico, onde destaque é o valor baixo da prestação, e o preço real do produto omitido por razões obvias.

Se não bastasse olhar para o retrovisor para entender o recado das urnas, convido os leitores para acompanhar as campanhas e as eleições em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Sãos exemplos bem atuais da importância de se respeitar o eleitorado. Os favoritos no 1º turno estão à caminho da derrota, enquanto os azarões Quintão, Gabeira e Kassab podem ser os vencedores, contra todos os prognósticos dos marqueteiros de plantão.
Como se diz: o melhor do regime democrático é que existem eleições e elas são sempre didáticas. Bem... só não aprende quem não quiser. Azar dos cabeças duras!


Manoel Afonso
(comentarista da TV.Record-MS)
[email protected]

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