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Lula diz que não há crise

Marli Moreira/ABr - 29 de março de 2004 - 16:50

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu hoje a adversários políticos as notícias de que estariam ocorrendo crises internas no governo federal. Segundo o presidente, isso nada mais é do que um comportamento adotado para neutralizar os candidatos do Partido dos Trabalhadores nas eleições municipais deste ano.

Em tom de brincadeira, Lula disse que existem crises, sim, mas “no Corinthians“, time do qual é torcedor. Na agremiação do São Caetano do Sul, entretanto, "não tem crise”, afirmou o presidente, referindo-se ao fato de, mais uma vez, o time estar em uma semifinal de campeonato disputando o torneio paulista. “E muito menos tem crise no governo”, completou. De acordo com o presidente, o fato de haver divergências políticas está longe de desencadear uma crise.

Para ele, a dúvida quanto aos reais interesses que existem por trás dos noticiários é a repentina mudança do nível de otimismo no país, depois de terminado um ano em que o otimismo foi exagerado. “Que crise aconteceu, ou será que a crise já é a das eleições de 2004? Ou será que as pessoas estavam preocupadas que meu partido pudesse ganhar muitas cidades e precisam fazer o debate político?”, questionou.

Antecipando-se às queixas quanto a eventuais repasses de verbas para municípios e governos estaduais, Lula justificou que as limitações não saíram do atual governo, mas são o resultado de um acordo anterior. Num claro recado aos chefes de Estado, o presidente disse que o governo federal não abrirá mão do que foi acordado e ressaltou que as regras em vigor surgiram a partir de entendimentos entre membros do mesmo partido.

“Não esperem que eu seja mais do que um presidente da República. Só tenho a Constituição para cumprir e não tenho os poderes de Deus para fazer milagres”, afirmou Lula. Tudo terá de ser feito com o tempo, porque “não posso descobrir um santo para cobrir outro”, acrescentou.

O presidente fez as afirmações em discurso na cerimônia de entrega de 305 novas viaturas à Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ele disse que, se o governo de São Paulo continuar mantendo a isenção do recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a compra de carros destinada à renovação da frota dos policiais, será possível eliminar a desvantagem hoje existente, já que os criminosos acabam tendo veículos muito mais novos do que as corporações.

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