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Luizinho Tenório mantém audiência sobre ponte
O deputado estadual Luizinho Tenório (PL) esteve reunido no último dia 21 com o coordenador do DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte, engenheiro Marcelo Miranda Soares, para tratar da situação da Ponte Rodoferroviária Vicente Vuolo, localizada sobre o Rio Paraná, na divisa dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, interligando os municípios de Aparecida do Taboado (MS) e Rubinéia (SP).
O deputado Luizinho mostra-se preocupado com a situação de descaso em que se encontra a ponte, onde são claras as deficiências nos serviços de sinalização, de iluminação e de limpeza, fatores que colocam em risco a vida das pessoas trafegam pelo local. Diante dessa preocupação, o deputado Luizinho convocou uma audiência pública que será realizada no dia 27 de abril na Assembléia Legislativa para discutir o problema.
Vários prefeitos de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, além do coordenador do DNIT, já confirmaram presença na audiência pública.
ABANDONO
A obra foi inaugurada em maio de 1998, mas está totalmente abandonada. Nenhuma empresa pública ou privada faz qualquer tipo de serviço, seja ele de limpeza; manutenção da sinalização; troca de lâmpadas que se encontram quebradas e parte da fiação de cobre que foi roubada, conforme verificamos em visita feita no local, denunciou o deputado.
O coordenador do DNIT no Estado, ex-governador Marcelo Miranda, afirmou que a empresa responsável pela construção da ponte não finalizou a obra e que também os serviços substanciais para seu funcionamento como são os casos do Centro de Controle Operacional, posto da Policia Rodoviária, estação meteorológica, balanças e baias de estacionamento, posto de serviço de ajuda e socorro ao usuário e posto de fiscalização fitossanitária não foram concluídos. E o absurdo do descaso com o dinheiro público é o fato de a empresa não ter entregado a obra para o governo, abandonando o canteiro antes de sua conclusão, comentou o engenheiro Marcelo Miranda.
O ex-governador afirmou também que foi feito um levantamento na ponte há alguns meses, o qual mostrou ser necessária a aplicação de recursos da ordem de R$ 23 milhões para a sua conclusão.
A AUDIÊNCIA
Durante a audiência convocada pelo deputado Luizinho que ocorrerá no próximo dia 27, será discutida com as autoridades competentes se já existe uma previsão para o inicio das obras de conclusão da Ponte Rodoferroviária Vicente Vuolo. No mesmo encontro, os participantes buscarão definir quem se responsabilizará pela sua manutenção, uma vez que o acesso à ponte é feito por rodovias secundárias. Não há acesso ao local por meio de rodovias federais. Do lado sul-mato-grossense há é apenas um ramal da BR 158, informou o diretor do DENIT.
O deputado Luizinho Tenório confirmou também que esteve também com o senador Delcídio do Amaral, líder do PT no Senado Federal, de quem ouviu o compromisso de participar da audiência no dia 27 de abril. Na próxima semana, o deputado e o senador deverão visitar o ministro dos Transportes para tratar dos serviços na ponte rodoferroviária que já têm recursos alocados no próprio Ministério.
PASSADO
A travessia do Rio Paraná sempre foi um problema para o escoamento de cargas e principalmente da produção agrícola e pecuária da região Centro-Oeste Brasileira, cujos produtores precisam atingir o litoral paulista e paranaense para embarcar as cargas nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Por muitos anos, transportadores e a sociedade como todo foram obrigados a fazer a travessia do rio por meio de "ferry-boats", as populares balsas. A inauguração da Ponte Rodoferroviária Vicente Vuolo facilitou o transporte rodoviário entre o Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais e as regiões litorâneas do país. Porém, o estado de abandono em que se encontra a ponte tem gerado preocupação nos habitantes das regiões beneficiadas com a obra concluída e inaugurada em 29 de maio de 1998.
A ponte, no ponto de vista do deputado Luizinho Tenório, representou e representa um marco nos transportes do Brasil, possuindo dupla utilidade: com a ferrovia correndo no patamar inferior e o tráfego de veículos em geral utilizando as quatro faixas de rolagens existentes no patamar superior. A ponte possui 2.600 metros de extensão somente sobre a água sem nenhuma manutenção e orientação de socorro para acidente.
EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO
Segundo o deputado Luizinho, o assunto já chegou aos corredores de Brasília e várias autoridades já se mostraram interessadas nessa discussão, pois os meios de produção da Região Centro-Oeste não poderão num futuro próximo sofrer ondulações comerciais devido a falta de manutenção da ponte rodoferroviária.
Dentre as medidas já determinadas, destaca-se o anúncio da liberação de recursos para a manutenção da ponte. Luizinho Tenório, entretanto, entende que a manutenção da audiência pública marcada para o dia 27 é de suma importância, porque é costume no país o anúncio de recursos para determinadas obras e estes (o dinheiro) acabam demorando para ser liberados de fato. Agora a luta, além de tornar públicos os problemas que se registram na ponte rodoferroviária, é para que a liberação dos recursos necessários às obras de manutenção não fique apenas no anúncio", disse o parlamentar