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Geral

Língua portuguesa, inculta e bela!

Alcides Silva - 25 de julho de 2013 - 17:25

Demonstrativos

Desde o início da era Lula é comum ver-se o emprego irregular dos pronomes demonstrativos este, esse, aquele, esta, essa, aquela, isto, isso, aquilo e suas combinações com as preposições de e em. Lula, de poucas letras, os confunde; os que o bajulam, imitam-no, mas tais demonstrativos nada demonstram ou evidenciam.
A grande imprensa, com seu batalhão de profissionais ‘estrela vermelha’, comete o “engano” com muita freqüência. Veja estes exemplos: ao referir-se à economia nacional do exercício em curso, ela nos informa que o “pib de 2013 é inferior ao do ano passado”, ou que a decisão sobre determinado problema será tomada “nessa semana”. Todas essas mensagens são equivocadas pois nos transmitem a idéia de passado àquilo que está por acontecer.
Vamos aprender juntos:
Este, esta e isto são originários do latim hic, hac, hoc. Na Consagração do Pão durante a Missa, o celebrante pronuncia “Isto é o meu corpo”, traduzido do latim “hoc est enim corpus meum” e na Consagração do Vinho, “Este é o cálice do meu sangue, do Eterno e Novo Testamento”, (hic est enim calix sanguinis mei, novi et aeterne testaminti).
Tais demonstrativos designam:
a- o que está com ou perto da pessoa que fala:
Esta é a sua vida – Este é o cálice do meu sangue;
Desta água não beberei – Deste pão eu comerei;
Isto é seu – Isto é meu corpo.
b- o tempo presente com relação à pessoa que fala:
Nesta manhã deverá chover;
Nisto você tem razão.
Esse, essa e isso (do latim ipse – a, - um , com o significado de “próprio”, passou de demonstrativo de identidade a demonstrativo da segunda pessoa). Indicam:
a) o que está perto ou com a pessoa com quem se fala:
Essa camisa lhe fica bem;
Desse mal não morrerei;
Nessa casa vivi alguns anos;
“Isso não se faz, Arnesto..”.
b)- o tempo passado ou futuro com relação à época em que se coloca a pessoa que fala:
Desses anos guardo boas recordações;
Nesse tempo havia empregos;
Era noite, nisso ele chegou esbaforido.
Aquele, aquela e aquilo (do latim eccum + ille = aquele; e eccum + illud = aquilo). Esses pronomes demonstrativos mostram:
a)- o que está afastado tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala:
Naquele ano a seca matou muito gado;
“Naquela mesa está faltando ele...”.
Aquilo é coisa do demo...
b- um afastamento no tempo de modo vago, que não se pode precisar, ou uma época remota:
Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos...
Aquele, aquela e aquilo contraem-se com preposição a formando àquele, àquela, àquilo:
Àquele jovem foram dadas todos as oportunidades.

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