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Leia Amplavisão, por Manoel Afonso

Manoel Afonso - 09 de novembro de 2012 - 11:54

‘DAY AFTER’ Quem assistiu ao filme (1983) memorizou as imagens. Inevitável a comparação de antes e depois da bomba. A exemplo da obra de Nicholas Mayer, as eleições na capital mostram mudanças de cenário e personagens.
OS DITADOS sobre eleições variam. Mas o núcleo das definições mostra o embate como ‘uma guerra’, com vencedores e derrotados é claro. Por razões obvias o sentimento é mais forte e duradouro entre os perdedores. Dói!
INDAGAÇÕES: Giroto perdeu por quê? Falta de carisma? Discurso equivocado? Falta de apoio convincente? Contraditório? Excesso de exposição na TV? Culpa do partido? Ou simplesmente o eleitor resolveu mudar e ponto final?
OS EFEITOS da ‘bomba eleitoral’ suscitam indagações: só um acidente de percurso ou o ‘cristal foi trincado’? Até onde os resultados alcançarão 2014? Como os partidos e lideranças vão analisar ou se aproveitar das conquistas nas urnas?
O PRIMEIRO partido com ganhos notáveis é o PSDB. De coadjuvante ganhou cacife para ator principal inclusive. Tem apenas 12 prefeitos e 4 deputados estaduais, mas Azambuja saiu revigorado com uma votação surpreendente.
AZAMBUJA Os tucanos admitem: não tem força para ‘voo solo’. Com Bacha e Marisa perderam. Teriam melhor futuro longe do PMDB? Tentar o senado num acerto com Delcídio é hipótese sedutora e que vai sendo analisada aos poucos.
PERGUNTA-SE O eleitor votaria em Azambuja para o senado, preterindo André? Pesquisas podem mostrar se isso é ou não admissível. Abriu-se a porteira com o pleito da capital ou cada eleição tem sua própria leitura e configuração?
O LEITOR questionaria: mas Aécio é candidato do PSDB, o que em tese inviabilizaria esse acerto. Mas Delcídio poderia embarcar no PSB, que hoje namora o PSDB. Isso sem contar que existem resoluções partidárias para quebrar barreiras.
O NOTICIÁRIO mostra inquietações dentro do PMDB. As acusações e ironias cada vez mais frequentes. Quem sai e quem fica? Nelsinho estaria à vontade? E seus irmãos? O comando do partido insistirá na orientação até aqui adotada?
FUTURO Como agirão os vereadores eleitos pela coligação de Giroto? Vão virar a página, (salve-se quem puder!) cuidando da própria sobrevivência ou se manterão umbilicalmente ligados à orientação central? Sabe como é...
QUESTÕES Como fica Simone neste contexto do ‘day after”? Venceu (Três Lagoas), onde não podia perder e preservou seu território. Mas isso não é tudo. Como está o seu cacife no núcleo do PMDB? Ficará restrita ao mandato tampão?
ANDRÉ Sua capacidade gerencial não é e não pode ser ignorada. Após mudar a cara da capital faz mandato corajoso no Estado. Lembra a frase de Kennedy: o bom governo prefere o desgaste do ‘não’ do que os elogios do ‘sim’ irresponsável.
O ESTADO de MS vive encurralado: pagando juros de uma dívida cruel e vítima de legislações federais que só beneficiam os Estados mais poderosos. Se o Governo abrir as pernas não dará conta de pagar o funcionalismo e custeio.
PROJETOS André sonha com o senado. Mas as eleições na capital mudaram as pedras do tabuleiro. Consegue reunificar o PMDB e entrega o governo para Simone? Onde ficaria o prefeito Nelsinho neste contexto? Boa pergunta.
1-BERNAL Para o ex-deputado Braga, ele estava no lugar certo e na hora exata. Mas terá que formar um time para dar suporte político e influenciar nas eleições de 2014. Isso requer algum tempo e gestos que atraiam lideranças/personagens.
2-BERNAL Quem serão seus conselheiros de estratégias políticas? Qual será a cara de seu governo e grupo? Quais os critérios para preencher tantos cargos de confiança? Como arrebanhar esse pessoal para todos os setores da administração?
3-BERNAL As relações com a Câmara devem ser boas, como sempre em duas vias. Os vereadores são pragmáticos, querem atender seus compromissos e a sintonia com o Executivo funciona como queijo e goiabada. Uma delícia saborosa.
4-BERNAL Sucederá duas boas administrações. Isso aumenta sua responsabilidade e as comparações serão inevitáveis. Terá que resolver as questões mais urgentes para chegar as eleições de 2014 com cacife de bom apoiador político de Delcídio.
1-DELCÍDIO Era o que queria: ganhou de bandeja o palanque da capital, importante no projeto de 2014. Levando-se em conta os desempenhos de Vander e Zeca, o senador ficou maior que o PT. Não é mais refém das bravatas do ex-governador.
2-DELCÍDIO É referência do PT de MS junto ao Planalto. Mas por conta da CPI dos Correios, onde caiu a máscara do Mensalão, o time de Zé Dirceu tem sérias restrições ao senador – que finge nada perceber e vai tocando a galopeira.
3-DELCÍDIO Os petistas reavaliaram o conceito. De “intruso, sem militância na porta de bancos”, é o salvador da pátria. Mudou o senador ou mudaram os petistas? É apenas questão de necessidade e pragmatismo, antes tido como impensável.
ARREMATE Voto ocasional não ofusca a visão de longo curso? Coerência é harmonia de princípios. É a arte de se tornar possível o necessário, sem ceder o essencial; não pode ser confundido com arranjos (negócios) de ocasião.
“Eu nunca tinha ouvido isso: entrega de dinheiro a domicílio”. ( ministro Joaquim Barboza)

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