ESTIGMA. Sem o discurso da moralidade, a situação de João Grandão ficou delicada, principalmente se o episódio dos “sanguessugas”for bem explorado pelos adversários. Dizem que ele estaria beirando a depressão.

O DEPUTADO tinha uma boa imagem até aqui. Entre os nossos 8 deputados, é o líder em proposições, com 466 ações diversas. O projeto de chegar á Prefeitura de Dourados em 2.008 pode estar naufragando.

NADA PODE? Diante de tantas proibições, a adesivagem será a grande saída para a propaganda dos candidatos. O dinheiro economizado vai abastecer os cabos eleitorais, mas o oba oba tradicional perderá o brilho.

NA ESTRADA. Encontrei Youssif Domingos em São Gabriel, e conferi suas relações consistentes. Ignora o oba oba das pesquisas e forma esquemas também nas cidades do Norte. Um olho no quibe, outro no gato!

QUE CRISE? Os 18 mil candidatos vão gastar 17 bilhões de reais, o dobro do orçamento anual da Educação. Cada voto custará 130 reais. Como sempre, para eleição o dinheiro brota da terra, cai do céu. Uma festa!

MARCHA LENTA. A impressão é que a candidatura de Delcídio é só para marcar presença, firmar liderança e excluir Zeca do quadro. Essa é a resposta mais convincente quando perguntam: “que candidatura é essa?”

DELCÍDIO construiu em tão pouco tempo, uma imagem que Zeca não conseguiu ao longo de dois mandatos. O senador consegue agregar e atrai simpatia até de adversários, enquanto Zeca estacionou no tempo.

ZECA não se firmou como liderança. Ficou restrito ao PT. Vai ter problemas para chegar inteiro como candidato ao Senado. Até lá deve exercer sua vocação para as lides rurais, onde se realiza plenamente.

ESPECULAÇÕES. Delcídio viraria Ministro? Zeca seria contemplado com um cargo em Brasília? As hipóteses até são viáveis, mas tem muita água para passar debaixo da ponte. Primeiro, Lula tem que vencer!

NELSINHO, Moka, Dagoberto e Simone estão em ascensão no cenário estadual e podem concorrer às duas vagas no Senado de 2.010. Têm mandato e podem ser beneficiados com o sucesso do Governo André.

ADUBANDO. Fala-se que Simone tentaria o Senado em 2.010 no espaço de Ramez. A tese leva também em conta que as emendas do Senador favorecem muito os grandes colégios eleitorais. Deu para entender?

FRITO. Em 2.002 Biffi tinha esquema no Governo. Rifado por Zeca, cola em Delcídio mas tem dificuldades. Embora tenha custado R$938.212,97 em 42 meses de mandato foi o menos operoso. Só 85 proposições.

NOTA 10. As obras da Prefeitura geram 5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos nesta fase difícil para a construção civil. Quem passar, por exemplo, perto do Mercadão leva um susto agradável: tudo mudando para melhor!

“...ESTREMEÇO quando penso que nos próximos meses, com a proibição dos show-mícios, os púlpitos de muitas igrejas se transformarão em palanques...” (Rev. Vivaldo, da Igreja Presbiteriana de Aquidauana).

OS EVANGÉLICOS esqueceram o 7º Mandamento (não roubar!). Trocam apôio por vantagens. Na CPI dos sanguessugas, 30% deles são evangélicos. À exemplo do PT, perderam o maior patrimônio: a credibilidade.

EM ALERTA! Matemática eleitoral é com ele. Nem usa calculadora. De olho no novo quadro, onde as coligações proporcionais podem surpreender, Londres está à caça de votos parar superar a casa dos 30 mil.

SURPRESAS? Elas podem ocorrer devido a lei que dispõe sobre o quociente eleitoral ou partidário. Mesmo com um caminhão de votos, o candidato pode ficar no meio da estrada, se não tiver ajuda de companheiros.

O PAPEL do candidato de menor poder de fogo é fundamental para o sucesso do partido ou coligação. São formiguinhas de atuação limitada, mas que na soma final decidem a eleição de muitos figurões.

DO LEITOR: “...no editorial, 18/02/2.004, Antonio João, disse que Lula era companheiro de cachaçadas de Zeca e que ambos adoravam beber até cair. Hoje no palanque do PT, convive bem com ambos.”

À PROPÓSITO. No passado, em Minas, Nilmário Miranda chamava Newton Cardoso de ladrão e corrupto. Hoje, são parceiros de mãos dadas, com o petista candidato ao governo e o ex-governador ao Senado. Sorria!

O PERIGO. Lula quer o 3º mandato. Espelha-se em Getúlio que ficou 15 na primeira fase, em Franklin Roosevelt por 4 mandatos devido 2ª. Guerra e nos militares que ficaram 21 anos. Coitado do povo brasileiro.


A coluna Amplavisão é de responsabilidade de Manoel Afonso, comentarista da TV Record.