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Látex do Acre poderá ser usado em preservativos

Agência Brasil - 31 de dezembro de 2003 - 09:50

O Instituto Nacional de Tecnologia (INT), credenciado pelo Inmetro, aprovou a qualidade do látex extraído dos seringais do Acre para a fabricação de preservativos masculinos. Foram testados mais de 36 mil preservativos produzidos com a matéria-prima extraída em Xapuri (AC). Com o resultado desse estudo cai uma das principais barreiras para a implantação da fábrica de preservativos no Acre.

Especialistas da área acreditavam que o látex extraído de árvores nativas não teria condições ser usado para fabricação de preservativos. Até então a extração no Brasil era destinada, principalmente, para a produção de pneumáticos. Os preservativos produzidos no Acre servirão como estoque regulador das atividades de prevenção às DST e aids do Ministério da Saúde. A fábrica será construída numa parceria entre os governos Federal e do Acre.

O látex foi analisado pelo Laboratório de Polímeros (Lapol), do INT. De acordo com o parecer do Lapol a qualidade do material obedece à regulamentação vigente, a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 3/02. Para a fabricação desse lote de preservativos, foram coletados 2469 litros de látex, entre 20 de outubro e 2 de novembro deste ano. O Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, o Lapol e a Secretaria de Extrativismo e Produção Familiar do Estado do Acre coordenaram o trabalho – desde a extração do látex até a fabricação dos preservativos –, envolvendo ainda as equipes da Divisão de Desenho Industrial do INT, do Instituto de Macromoléculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cerca de 100 seringueiros da RESEX, uma equipe técnica de 20 técnicos florestais e paraflorestais e equipe de apoio de várias instituições locais.

Depois de coletado e estabilizado, o látex seguiu para a fábrica Látex Plan Hevea em São José do Rio Preto (SP), para ser centrifugado. Depois foi encaminhado à Indústria Nacional de Artefatos de Látex (Inal), uma dos três fabricantes nacionais de preservativos, para a fabricação do lote piloto de 36.620 preservativos. A amostra-prova desse lote foi submetida então ao Lapol para a realização dos ensaios e aprovada.

Além de colaborar para a atividade econômica de toda a Região Norte, a fábrica de preservativos de Xapuri vai promover o desenvolvimento sustentável na área e impulsionar a criação de novos empregos. Depois de vencida essa primeira etapa, no ano de 2004 os técnicos irão se concentrar no estudo e aprovação da planta industrial da fábrica e de sua central de centrifugação - o coração da fábrica. Só depois a fábrica entrará em atividade, no ano de 2005. A previsão é de que sejam produzidos 100 milhões de preservativos/ano para o Ministério da Saúde, que está investindo US$ 4 milhões na unidade.

As informações são do Ministério da Saúde

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