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Lançado o selo em homenagem ao professor; veja

Eder Benjamim Santos de Arruda - 15 de outubro de 2005 - 07:43

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No dia dos professores, 15 de outubro, os Correios lançam um selo em homenagem a essa categoria. Em Campo Grande, o selo será lançado durante a festa promovida pela ACP e FETEMS em homenagem aos professores, no Clube da ACP, às 11:30 horas. O lançamento nacional acontece no Rio de Janeiro.

Para o diretor regional dos Correios, João Rocha, que é pedagogo, o selo homenageia os profissionais da educação “que são fundamentais para o futuro do país, pois sem elevação do nível educacional do povo, ficaremos estagnados. Os professores cumprem um papel social dos mais relevantes em toda e qualquer sociedade”, afirma.

Sobre o selo - O selo apresenta a figura estilizada do professor segurando um lápis, com o qual escreve as letras A, B e C, simbolizando o ato de ensinar. Os traços simples e o colorido do conjunto representam a alegria da missão do professor, considerado o esteio do saber e o guia no processo de aprendizagem. Na criação e arte-finalização do desenho, a artista utilizou-se do desenho, da pintura e da computação gráfica.


O PROFESSOR

Agente que movimenta e transforma a sociedade

Desde a Grécia antiga, quando os filósofos ensinavam os jovens a entenderem o mundo e a compreenderem o seu tempo; ou em diversos períodos como na Idade Média, quando o ensino se fazia para leitura dos textos religiosos e para transmitir uma visão cósmica ditada pela Igreja Católica; ou ainda, e principalmente, na segunda metade do século XVIII, com a circulação das “idéias francesas”, dos autores da filosofia das luzes ou dos grandes pensadores modernos, o professor era sempre um mediador no processo de transmissão de conhecimentos.

O ensino da língua materna, que se inicia em casa, leva a criança a internalizar um certo número de regras gramaticais, a que obedece sem saber, e a aprender a usar algumas centenas de palavras, mas o faz sem freqüentar a escola e sem ter professores que a corrija.

Entretanto, quando começa a freqüentar uma escola - organizada em rede, com ensino sistemático, calendário, currículo adequado e projeto pedagógico - a criança então se faz estudante e aprende com professores, que constituem a mais numerosa categoria profissional do planeta. Com isso, em um tempo básico de seis a nove anos, sua eficácia produtiva aumenta espantosamente. Ao manejar a língua com competência, o indivíduo adquire a principal ferramenta para explorar seu potencial.

Há quem critique o processo ensino-aprendizagem como alienador. Contudo, a moderna sociedade do conhecimento exige formação intensiva em campos cada vez mais especializados. Para alcançar esse objetivo ressalta-se a presença do professor como orientador dos estudos.

A experiência brasileira na educação, especialmente durante estes 75 anos de existência do Ministério da Educação, comemorados no mês de novembro de 2005, nos revela a importância central do professor em diversos momentos da história de formação dos sistemas de educação pública do país.

No começo dos anos trinta do século passado, na efervescência do movimento revolucionário, havia grande participação dos educadores na implantação da escola pública no Brasil. Além da própria criação do Ministério da Educação e da Saúde Pública, dois marcos relevantes devem ser distinguidos: a publicação do histórico “A Reconstrução Educacional no Brasil – Um manifesto ao Povo e ao Governo”, também conhecido como “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”, em 1932; e, em 1938, a criação do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos-INEP, que com seus Centros Regionais de Estudos e Pesquisas Educacionais estabelecia os parâmetros para a formação do professor.

Esse modelo prevaleceu por muitos anos e frutificou de tal maneira que até a década dos anos 60 pode-se dizer que havia, de fato, uma educação de qualidade no país.

Convivendo com realidades diversas, onde existem escolas públicas que se utilizam de modernas tecnologias, é importante também ressaltar o papel daquele professor que trabalha na área rural, na periferia ou em distritos de pequenas cidades pelo interior do país e, ainda, nos assentamentos agrícolas, mudando a realidade do campo.

Para acompanhar o aumento do número de alunos nas escolas nos dias atuais, exige-se mais tempo de estudo e melhor formação dos professores. Esse é o desafio dos anos vindouros: capacitar melhor nossos profissionais do ensino e oferecer um plano de carreira que encoraje os cidadãos vocacionados para o magistério. O capital humano é, sem nenhuma dúvida, o principal e insubstituível fator de progresso e desenvolvimento. E o professor é o agente capaz de movimentar e transformar a sociedade.

FERNANDO HADDAD

Ministro de Estado da Educação

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