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Geral

Laboratório de refino de cocaina funcionava dentro do "Cadeião" de Cáceres

João Arruda, 24horasnews - 11 de dezembro de 2010 - 18:57

Não bastasse a localização do município, situado na fronteira com a Bolivia, o que faz da cidade, uma das principais rotas de entrada de drogas no Brasil, Cáceres conseguiu “produzir” mais uma situação. Nesta semana uma varredura da Policia Militar, coordenada pelo tenente Gean Lima com apoio de agentes prisionais realizada na parte interna da Cadeia Publica, foi descoberto um mini-laboratorio voltado para o refino de pasta base. Além de apreensão de produtos químicos, 27 aparelhos celulares com igual quantidade de chips e de carregadores.

No total 1,5 quilo de pasta base, que após o processamento poderia se desdobrar em quase 3 quilos de cocaína para o consumo dos usuários. Sem contar o subproduto gerado no refino, que se trata do poderoso “crack”, negociado a um preço bem mais inferior que o refinado, segundo um dos policiais que tomaram parte da ação dentro do “Cadeião”.

A apreensão provocou surpresa entre as autoridades da área de fronteira: há quase seis meses a Força Nacional, a Policia Federal, Marinha e Exercito exercem junto ao Grupo Especial de Fronteira e a Polícia Rodoviária Federal, uma Força Tarefa nas principais estradas com as rodovias federais 070 e 174, com vultosas apreensões. Ainda assim dentro da unidade prisional da cidade, um laboratório funcionando a pleno vapor.

De acordo com o comandante da PM Jadir Metello da Costa, faz-se necessário um melhor equipamento de vigilância na parte externa e interna da Cadeia Publica de Cáceres. Lá estão encarcerados cerca de 500 presos, mas a capacidade é de apenas 164, ou seja está com uma lotação quase três vezes maior.

Um conceituado advogado criminalista ao ser procurado por uma mãe de viciado que foi preso recentemente, acusado de furto, revelou a genitora do detento. “Xi, dona, lá dentro é que tem droga à vontade“ -contou. Tanto o advogado quanto a mãe do preso preferem não ter seus nomes revelados.

Durante toda a semana, a repercussão sobre a apreensão de mais de 1 quilo de pasta base no Cadeião, foi alvo de diversas indagações, como de qual meio essa considerada quantia de entorpecente foi parar dentro das celas, tendo em vista que revista é rigorosa tanto pelos agentes prisionais quanto no controle de entrada dos advogados e visitas de parentes.

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