A sexta-feira (03) começou em clima de festa para o meio-campista Kaká, do São Paulo. No início da manhã, o jogador recebeu uma chuva de ovos de companheiros de elenco, parte de uma brincadeira que ele havia iniciado um mês antes com o atacante Alexandre Pato. Momentos depois, ele ficou sabendo que havia sido convocado para a seleção brasileira que disputará amistosos contra Argentina (11/10, em Pequim) e Japão (14/10, em Cingapura).

Kaká ocupará o lugar de Ricardo Goulart, do Cruzeiro, cortado por lesão. O jogador do São Paulo não era convocado desde 25 de março de 2013, quando a seleção empatou com a Rússia por 1 a 1.

"Realmente, minha alegria de estar voltando é imensa. Recebi a convocação de forma muito especial. Depois de passar um longo periodo sem ser convocado, é um reconhecimento de que venho fazendo uma coisa boa. É um fruto do meu trabalho e uma alegria pela grande conquista", disse o meia em entrevista coletiva.

"Penso que seleção é um prêmio, e ele chegou para mim neste momento. São dois jogos, e estou muito feliz por receber esse prêmio. Vou ficar fora do São Paulo em três jogos, mas acho que temos um grupo forte para suprir essas ausências. Aí volta de novo a questão do calendário, que precisa ser revista, para não prejudicar os clubes. Lá fora, os jogos param. Isso precisa ser discutido para não ficar só no plano de ideias e projetos", adicionou Kaká.

Quando anunciou a convocação de Kaká, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, escancarou descontentamento. O mandatário classificou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) como "lamentável" por ter um calendário nacional com jogos em datas reservadas a amistosos da seleção brasileira.

No ciclo anterior de Dunga como técnico da seleção brasileira, Kaká foi um dos principais nomes da equipe. O meia usou a camisa 10 na Copa do Mundo de 2010.