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Geral

Jovens & Política - Apatia ou covardia?

Manoel Afonso - 25 de agosto de 2015 - 08:55

Essa indiferença da juventude quanto as questões políticas está presente nas pesquisas disponíveis nas mídias. Cientistas políticos e analistas têm apresentado suas conclusões a cerca do fenômeno, sem sinais de um final próximo.


Apesar disso, os partidos fazem insistentes apelos no sentido de atrair militantes com o perfil jovem, sob a promessa de que eles não devem se omitir da responsabilidade de conduzir no futuro os destinos do país.


Percebe-se a baita incoerência entre a pratica e a teoria manifestada no Horário Eleitoral. A intenção de atrair os jovens teria por objetivo maior legitimar o uso partidário deles para fins envolvendo cargos e negociatas próximas ao poder.


Não se pode esquecer; esses jovens cresceram em ambientes críticos e arredios aos políticos. Ouviram dos pais referencias irônicas aos discursos e mensagens eleitorais. Se isso não bastasse, sabem que a culpa pelas dificuldades financeiras da família e da sociedade, esta ligada umbilicalmente aos desgovernos e à politicalha.


Para piorar, o ceticismo paira sobre o imaginário da juventude quanto às suas perspectivas profissionais. Práticos, os jovens tem acesso às informações e fazem comparações com países do 1º Mundo. Sentem-se inferiorizados com as medidas governamentais, que representam mais impostos e menos oportunidades para eles.


Ora! Ao comprar um computador ou um refrigerante – por exemplo – o jovem brasileiro sabe o valor do imposto. Esses dados que vão se acumulando na memória, formando uma plataforma ou base de dados, opiniões e conceitos. E quando depara com as revelações dos habituais escândalos envolvendo governantes, assume essa oposição de ojeriza às questões políticas. Aí nivela por baixo todos eles, no poder ou não.


Ao contrário do que se imagina, os jovens admiram os preceitos éticos ensinados em casa e na escola. Essa apatia não tem o sentido de conivência com o imoral, mas sim de ceticismo e repúdio. Interpretar essa postura como covardia seria injusta devido o atual quadro sociopolítico.


Para atrair os jovens, os políticos devem primeiro fazer a lição de casa, com exemplos que quebrem essa muralha construída pela politicalha e negociatas.


No arremate, não há como ignorar a ‘Lava Jato’, onde seu principal personagem – o juiz Sergio Moro – é visto pelos jovens como herói nacional, modelo e referência em conduta. De leve...

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