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Jovens agricultores discutem financiamento do Pronaf

Daniel Dutra /ABr - 11 de novembro de 2004 - 13:14

Cerca de 120 jovens trabalhadores rurais participam da discussão para a criação do Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar (Pronaf) voltado para os jovens. Eles participam do seminário "Juventude e Crédito", que está sendo realizado na Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), em Brasília.

O programa vai auxiliar os jovens agricultores de todo o país, filiados aos sindicatos rurais ligados à Contag. "A juventude tem necessidade desse crédito. O governo acabou de levantar uma série de dados sobre a situação da juventude no campo e o quadro é grave. Eles precisam de um apoio, principalmente financeiro, para começar a produção junto com sua família ou em outro espaço, no caso dos jovens que não tem terra própria", afirmou a coordenadora da Comissão Nacional de Jovens da Contag, Simone Battestin.

Os recursos para o programa são da ordem de R$ 100 milhões e cada jovem, entre 16 e 24 anos, deverá receber o teto de R$ 6 mil por ano. O secretário de Assuntos Fundiários do ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Valter Bianchini, explicou quais são os critérios para os jovens receberem o crédito. "É importante a presença num curso de formação profissional junto com qualquer entidade de assistência técnica credenciada, na casa familiar ou na escola agrotécnica. Para esclarecimentos, nós pedimos que procurem os sindicatos rurais, os escritórios da Emater ou os bancos que operam com crédito rural", explicou.

A proposta deve ser analisada ainda hoje por membros do MDA e do Banco do Brasil, que participam do seminário. Segundo Simone, existe um receio de que os jovens não cumpram com seus deveres por conta da pouca idade. A sindicalista Érica Fardin, 24 anos, mora em Castelo (ES) onde ajuda a família no cultivo de café. Para ela, é importante discutir o acesso do crédito rural aos jovens para ajudar a derrubar preconceitos. "Vai ser um crédito nosso, onde nós vamos ter acesso para trabalhar nossos projetos da maneira que queremos. Queremos diminuir a burocracia, porque você chega no banco e pensam que o jovem é um irresponsável, que não vai cumprir com seus deveres", lembra.

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