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Jornalistas da EBC chegam a Brasília e comemoram fim de momentos de aflição no Egito

Stênio Ribeiro*, Agência Brasil - 05 de fevereiro de 2011 - 15:40

Brasília – Do fim do terror no Egito até a chegada ao Brasil hoje (5), os repórteres Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Rocha, da TV Brasil, tiveram de esperar 38 horas. A chegada a Brasília por volta das 14h teve clima de celebração com direito a parentes e amigos. Corban e Gilvan foram impedidos pelas autoridades egípcias de trabalhar no país. Ficaram 18 horas detidos em uma prisão egípcia e tiveram os olhos vendados por 15 minutos. Depois, foram expulsos do país.

Cansados da viagem, mas afirmando estar aliviados com o fim da “tortura psicológica”, Corban e Gilvan foram cercados por parentes, amigos e curiosos na chegada ao Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Os jornalistas disseram que só quando o avião aterrissou em Brasília é que eles realmente se sentiram seguros.

Corban contou que eles desembarcaram no último dia 2 no Cairo, no auge das manifestações em protesto à permanência do presidente do Egito, Hosni Mubarak, mas não conseguiram fazer nenhum trabalho jornalístico. “Fomos detidos logo numa barreira policial a caminho do hotel. Eu não escrevi uma linha de matéria e Gilvan não fez uma imagem sequer”, disse.

Nas 18 horas em que ficou em uma sala de cerca de 4 metros quadrados na prisão, Corban afirmou que não tinha ideia do que aconteceria com ele e Gilvan. O repórter afirma que só pensava nas filhas - Daniela, de 21 anos, e Isabela, de 13 anos. Depois de serem libertados, Corban disse que telefonou imediatamente para as duas.

Recém-casada com Gilvan, Edna Soares, de 27 anos, afirmou que só conseguiu se acalmar quando conversou ontem (3) com o marido, que já estava em Paris. “Aí, sim, senti que não haveria mais risco quanto à segurança deles”, afirmou.

Gilvan disse que ele e Corban não sofreram violência física ao contrário do que ocorreu com outros jornalistas. Bem-humorado, o repórter cinematográfico contou ter presenciado situações atípicas, como um alemão que rezava em árabe, em voz alta, para convencer os policiais de que ele tinha familiaridade religiosa com os muçulmanos.




*Colaborou Renata Giraldi // Edição: Lílian Beraldo

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