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Ipea: assassinatos triplicaram no Brasil desde 1980

Irene Lôbo/ABr - 02 de junho de 2005 - 07:10

A taxa de homicídios dolosos, ou seja, intencionais, quase triplicou no Brasil, passando de uma taxa de 11,4 vítimas por 100 mil habitantes em 1980 para 29,1 em 2003. O fácil acesso a armas de fogo, o crescimento do crime organizado e o alto grau de impunidade são apontados pela pesquisa Radar Social 2005, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), como os maiores responsáveis por esses homicídios.

A pesquisa também mostra que, em 2003, o Rio de Janeiro era, ao lado de Pernambuco, os estados com maior taxa de homicídios, 54,7 por 100 mil habitantes. Em terceiro lugar aparece o Espírito Santo, com 50,5, seguido pelo Distrito Federal (39,1), Rondônia (38,5), São Paulo (36,3), Alagoas (35,9), Amapá (35,5) e Mato Grosso (35). Os demais estados possuem taxas entre 10,8 e 29,9.

Numa comparação com as taxas de assassinatos em 15 países, o Brasil aparece em quarto lugar, com 23,4 mortes por 100 mil habitantes, segundo dados de 2002. Em primeiro lugar na lista está a África do Sul (114,8) e em último lugar o Líbano (3,4).

O estudo refuta a idéia de que a pobreza por si só é responsável pelo aumento da violência. "Os números mostram, no entanto, que a maioria absoluta das pessoas pobres não está envolvida com a criminalidade. E mais: que também os ricos praticam vários crimes (violentos ou não, como a sonegação de impostos). Isso não quer dizer que as carências sociais não aumentem a atratividade das soluções imediatas e ilegais, sobretudo para os jovens", diz a pesquisa.

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