O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,90% em fevereiro, ante a taxa de 0,68% de janeiro, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as principais causas do aumento do índice de um mês para o outro destacam-se as escolas, cujo reajuste é típico do início do ano. As mensalidades subiram 8,17% e tiveram 0,31 ponto percentual de contribuição na inflação de fevereiro.

Também pesaram para o aumento da inflação a energia elétrica, que passou de 0,91% para 1,36%, a taxa de água e esgoto, de 0,28% para 1,37%, o gás de cozinha, de 0,20% para 1,14%, os automóveis novos, de 0,84% para 1,38%, e usados, de 1,46% para 1,78%. Com as liquidações de final de estação, caíram os preços do grupo vestuário, de 0,80% para -0,11%. Também tiveram queda os artigos de limpeza, de 0,36% para -0,34%, e de higiene pessoa, de 0,31% para -0,62%.

Os alimentos subiram 0,65% e ficaram muito próximos ao resultado de 0,62% registrado em janeiro, apesar da alta de produtos como feijão carioca, que passou de 0,21% em janeiro para 20,54% em fevereiro.

No ano, o IPCA-15 acumulou alta de 1,59% e nos últimos 12 meses, de 7,09%. Em São Paulo, o IPCA-15 foi de 0,68% e no Rio de Janeiro, de 1,02%.

O IPCA-15 é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês civil e é usado pelo governo para fixar as metas inflacionárias. Para o cálculo do IPCA-15, os preços são coletados quinzenalmente nas mesmas nove regiões metropolitanas (Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba), em Brasília e Goiânia, que servem de referência para o IBGE.