O cigarro mata 200 mil pessoas por ano no Brasil. De cada 10 brasileiros que morrem de câncer do pulmão, 9 são fumantes. A idade média de iniciação dos brasileiros no vício do fumo baixou de 16 para 13 anos. Quem fuma reduz em cinco anos o tempo de vida. Os dados foram apresentados, nesta quarta-feira, durante a instalação da Frente Parlamentar de Combate ao Uso do Cigarro, que pretende defender políticas mais abrangentes de combate ao fumo.
Segundo a coordenadora do departamento de controle do tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Tânia Cavalcante, apesar dos números alarmantes de mortes provocadas pelo cigarro, o Brasil tem conseguido reduzir o consumo.
De acordo com ela, as campanhas de combate ao fumo e a legislação em vigor, considerada uma das mais fortes no controle do tabaco, evitaram que o Brasil atingisse a marca de 45 milhões de fumantes em 2003. Hoje, existem 36 milhões de fumantes.
O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, informou que o SUS já vem implementando o tratamento do fumante e que a meta é ampliar as ações preventivas de combate ao uso do cigarro.
Na avaliação do coordenador da Frente Parlamentar anticigarro, deputado Alexandre Cardoso (PSB-RJ), a primeira contribuição da Frente será garantir a ratificação, pelo Congresso Nacional, da Convenção Internacional sobre Combate ao Uso do Tabaco, assinada pelo Brasil em junho deste ano. De acordo com Alexandre Cardoso, a convenção estabelecida pela Organização Mundial de Saúde fortalece o combate ao fumo e regulamenta a propaganda, mecanismos educacionais e a da utilização dos recursos da saúde em programas de combate permanente.
A Frente Parlamentar de Combate ao uso do Cigarro também vai estimular a formação de frentes parlamentares pela mesma causa em assembléias legislativas, nas câmaras de vereadores e na Câmara Distrital.



Reportagem – Gizele Benitz
Edição – Ana Felícia