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INSS pode aceitar produtos para pagamentos de dívidas

Marina Miranda / Campo Grande News - 18 de dezembro de 2004 - 08:20

“Dívida nova fica velha, e dívida velha não é paga”, afirmou o diretor de Administração da Receita Previdenciária, Francisco Leite da Silva, que esteve em Campo Grande esta sexta-feira para explicar a criação da Secretaria da Receita Previdenciária, desvinculando do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) o setor de arrecadação.
A dívida previdenciária no Estado de Mato Grosso do Sul chega a R$ 580 milhões. De olho no acerto de contas, outras alternativas de pagamentos estão sendo discutidas. “Estamos tentando identificar o perfil da dívida e dos devedores, o que pode ser recuperado, e também formulando novas maneiras de recebimento, como através da prestação de serviços, equipamentos ou percentual nos lucros”.
Silva conta que outra medida é o intensificar o monitoramento sob as empresas. “A contribuição venceu dia 2 e deu dia 10 ainda não foi pago, colocamos um auditor em contato para saber porque não foi quitado e quando será efetuado o pagamento”, informa. “Temos que focar no que interessa, que é a arrecadação, o aposentado precisa ter dinheiro na conta e investir”, complementa.
As novas formas de quitação das dívidas estão no campo das hipóteses, mas Silva garantiu que todas as propostas devem ser concluídas ainda este ano e encaminhadas para o executivo e legislativo.
Em Mato Grosso do Sul, os frigoríficos são campeões de sonegação. “Nós temos muita dificuldade de receber desse setor”, salienta Silva.
Em 19 de novembro, o Campo Grande News, publicou matéria informando que 1,6 mil empresas do Estado estão na lista de devedores do INSS. O maior devedor, na época, era o Frigotel (Frigorífico Três Lagoas Ltda.), com R$ 35,1 milhões. Na lista, dos 20 maiores devedores, 11 são empresas frigoríficas.

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