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Incidência de hanseníase ainda é grande em Goiás

Agência Goiana de Comunicação - 22 de outubro de 2004 - 16:07

Goiás está entre os 13 estados brasileiros de maior prevalência em hanseníase. O Estado registra, de uma forma geral, 7,6 casos para cada dez mil habitantes, e a meta do Ministério da Saúde é reduzir, em nível nacional, para apenas um caso até o final de 2005, missão que não será cumprida nos 54 municípios goianos prioritários para o combate à doença, admite a coordenadora do programa de hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde, Denise de Freitas.

Dos 246 municípios goianos, os 54 considerados prioritários mantêm altas taxas de ocorrência da doença. Entre eles estão Alvorada do Norte com 51,3 casos por grupo de 10 mil pessoas; Minaçu, com 48,2; São Miguel do Araguaia, com 40,6; Jussara com 33,4; Mozarlândia com 32 casos por grupo; e Terezinha de Goiás com 31 casos. O município de Goiânia registra 12,2 casos por grupo de 10 mil.

Atualmente, o Brasil apresenta taxa de prevalência de 4,5 pacientes a cada 10 mil habitantes. Essa taxa nacional está também longe do percentual estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para que o País chegue à eliminação da doença. Pelos parâmetros da OMS, eliminar a hanseníase significa ter menos de um caso para cada grupo de 10 mil habitantes.

Goiânia tem a maior incidência de casos, com 1.507, seguida por Aparecida de Goiânia (592), Anápolis (447), Minaçu (173), Trindade (140), São Miguel do Araguaia (99), Rio Verde (93) e Santa Terezinha de Goiás. Esses dados não levam em consideração a quantidade de habitantes, referem-se apenas a novos pacientes diagnosticados com o bacilo causador da doença, em 2003.

Os dados relativos, em que o coeficiente anual de prevalência da doença é tomado como referência, mostram uma segunda realidade. Tomando-se a incidência de casos a cada 10 mil habitantes, os números disparam no interior. Santa Terezinha de Goiás registra 83,74, acompanhada por Campos Verdes (60,99), Alvorada do Norte (56,53), Minaçu (50,86), Aruanã (46,63), Mozarlândia (45,97), Uirapuru (45,89) e Bonópolis (42,44).

Essa estatística, no entanto, mostra que cidades líderes no número de casos absolutos têm relativamente números baixos por 10 mil habitantes. Goiânia tem o coeficiente 13,15; Aparecida de Goiânia bate na cifra de 15,38, e Anápolis marca 14,99. Ainda são índices considerados altos pelo Ministério da Saúde e distantes do patamar ideal.

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