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Imponente, Palmeiras derruba favorito Santos na Vila

Gazeta Esportiva - 14 de março de 2010 - 20:24

O Palmeiras deu mais uma prova de que em clássico realmente não há favorito. Com um futebol bem diferente ao das semanas anteriores, o Verdão surpreendeu o badalado Santos e deixou neste domingo a Vila Belmiro com uma vitória por 4 a 3, em compromisso válido pela 14ª rodada do Campeonato Paulista. Além de muitos gols, o clássico foi temperado pela rivalidade, já que os palmeirenses decidiram dançar nas comemorações como resposta à irreverência dos meninos da Vila.

Aos palmeirenses mais antigos, foi a volta dos confrontos dos anos 60, quando o Santos era visto o time da moda, mas sempre encontrava dificuldades contra o rival de Palestra Itália. Neste domingo, Pará e Neymar abriram vantagem para os donos da casa, mas Robert, com dois gols no primeiro tempo, e Diego Souza viraram para o Verdão. No fim, Madson igualou novamente o placar, contudo Robert fez o quarto do time alviverde e fechou a vitória.

O Santos segue tranquilo na liderança do Campeonato Paulista, com 32 pontos, mas vê o fim de uma invencibilidade de 12 partidas. Já o Palmeiras chega a 22 pontos e, na sétima posição, ganha ânimo para lutar pela vaga nas semifinais.

Na próxima rodada do Campeonato Paulista, as duas equipes vão atuar em casa. No sábado, o Palmeiras enfrenta a Ponte Preta, às 17 horas, no Palestra Itália. No dia seguinte, o Santos mede forças com o Ituano, às 19h30, na Vila Belmiro.

O Jogo - O Palmeiras começou a partida na Vila Belmiro com a intenção de evitar o tradicional abafa do Santos nos minutos iniciais. Em alguns momentos, o Verdão exagerava na força em sua marcação, tanto que Edinho levou cartão amarelo com apenas três minutos por falta em Neymar.

Só que a fase do Santos é mágica. Aos dez minutos, os donos da casa abriram o placar com um golaço de um coadjuvante. Na lateral esquerda da área, Pará recebeu passe de Robinho, cortou Eduardo e, de perna direita, ousou bater por cobertura. A bola entrou no ângulo de Marcos, que ficou paralisado na jogada.

O gol trouxe nervosismo aos palmeirenses. Em um contra-ataque santista, Léo aplicou uma tesoura violenta em Neymar. Os donos da casa exigiram a expulsão, mas o árbitro Antonio Rogério Batista do Prado optou por mais um cartão amarelo.

Na base da movimentação de seu setor ofensivo, o Santos conseguiu superar novamente a marcação palmeirense somente aos 30 minutos, porém foi mortal para chegar ao segundo gol. Paulo Henrique acertou lindo passe para Neymar nas costas da zaga. Com a frieza de um veterano, o craque deu um leve toque por cima de Marcos e saiu para a comemoração.

Pouco depois, Neymar ainda teve a chance de ampliar o placar. Na cara do gol, ele finalizou em cima de Marcos. Quando a torcida já esfregava as mãos e sonhava com uma goleada, o Santos dormiu em campo e levou o empate rapidamente. Aos 40 minutos, Robert fez de cabeça, após falta batida por Cleiton Xavier na direita. Logo em seguida, o camisa 20 marcou mais um ao completar de perna esquerda o preciso cruzamento de Armero. O etapa inicial terminou com o placar de 2 a 2.

No segundo tempo, o clássico continuou emocionante. Em quatro minutos, uma chance para cada lado. Primeiro, foi a vez de Marcos salvar o Palmeiras no chute de Paulo Henrique. Na sequência, Ewerthon desarmou Wesley, invadiu a área e finalizou para fora.

Em nova falha da zaga santista, o Palmeiras fez o que para muitos parecia impossível: virou o placar. Aos 11 minutos, Cleiton Xavier fez o levantamento, Léo cabeceou e o goleiro espalmou na trave. Diego Souza completou para as redes e, como clara provocação ao adversário, utilizou a comemoração habitual dos "Meninos da Vila": comandou uma dança.

Ciente de que seu time perdeu a força ofensiva, Dorival Júnior mudou o esquema de jogo. Maranhão entrou na lateral direita e Wesley passou a atuar no meio-campo. Marquinhos foi sacado. Além disso, Zé Eduardo substituiu o apagado André na frente.

As alterações surtiram efeito, o Santos passou a pressionar e acordou sua torcida. Aos 34 minutos, veio o empate. Paulo Henrique foi o autor da assistência para a conclusão de Madson na saída de Marcos.

No fim, Neymar acabou expulso por falta em Pierre e deu nova vida ao Palmeiras. Inspirado, Robert aproveitou erro de Arouca na intermediária defensiva e mandou uma bomba para vencer Felipe. Nem mesmo a expulsão de Léo evitou o triunfo do Verdão por 4 a 3.

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