O percentual de mães na faixa etária de 10 a 19 anos está em evolução no Brasil. Conforme o IBGE, o índice nacional aumentou, entre os anos de 1991 e 2000, de 2,95% para 3,76%. Já no Estado, o percentual subiu de 4,41 % para 4,65%.
Segundo a coordenadora do Programa de Assistência à Saúde da Adolescente, Tatiana Serra, o número em ascensão, mesmo diante da ampla divulgação de métodos contraceptivos, pode ser justificado pelo comportamento de risco das jovens.
“O mecanismo psicológico do adolescente é diferente de um adulto. Elas se consideram onipotentes, a vizinha ou a prima podem engravidar, mas com ela isso nunca vai acontecer”, ressalta. Outras justificativas, como não tomar pílula anticoncepcional, por receio que os pais descubram, ou até para comprovar a própria fertilidade, são exemplos da imaturidade inerentes aos jovens.
Em 2004, dados parciais da natalidade em Mato Grosso do Sul apontam que de 31.523 nascimentos, 7.815 crianças são filhas de jovens entre 10 e 19 anos, o que representa 24,7 % do total. O montante só não é superior ao número de mães na faixa etária de 20 a 29 anos, que registra 17.606 nascimentos.