A produção industrial brasileira registrou em maio o terceiro mês consecutivo de crescimento. A taxa foi de 1,3% em relação a abril, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (7). Em relação a maio do ano passado, a expansão foi de 5,5%, mantendo uma seqüência de 21 meses de taxas positivas neste indicador. No acumulado do ano, o crescimento do setor passou de 4,5% em abril, para 4,7% em maio.

Para a coordenadora da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, Isabella Nunes, "os resultados refletem o cenário positivo da economia do país, sustentada pelo crescimento das exportações, pela manutenção das condições de crédito e pelo aumento do nível de ocupação". A economista destaca que a redução da inflação também tem influenciado o bom desempenho da indústria nacional.

Em relação a abril, a maior expansão (3,7%) foi na produção de bens de consumo duráveis, apoiada no aumento da produção de telefones celulares, automóveis e eletrodomésticos. Os bens de capital (máquinas e equipamentos) cresceram 3,4%; os bens intermediários (insumos), 0,8%; e os de consumo semiduráveis e não-duráveis (roupas, remédios, calçados, alimentos e bebidas), 0,6%.

Na comparação com maio de 2004, novamente as maiores taxas de crescimento foram registradas na produção de bens de consumo duráveis e os destaques foram, mais uma vez, os telefones celulares, veículos automotores e eletrodomésticos. Entre os setores, a maior alta foi registrada no refino de petróleo e produção de álcool (10,4%).