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Homem morre depois de ser espancado por irmãos na casa da amante
A. C. C. A., de 45 anos, morreu depois de ser espancado por irmãos na casa de sua amante A.A.R., de 37 anos. O crime aconteceu na madrugada deste domingo (22), em uma residência na Rua Campo Nobre, no Bairro Campo Nobre, em Campo Grande.
De acordo com o delegado que investiga o caso, João Reis Belo, da 5ª Delegacia de Polícia da Capital, testemunhas relataram que a vítima chegou na casa de A. por volta das 21h40min de sábado (21). Ele cumprimentou a mulher, a filha dela de 14 anos e os amigos da adolescentes. Em seguida, o homem saiu.
Tempos depois, a vítima voltou, passou pelos amigos e a adolescente, que tomavam tereré na varanda e entrou na casa, onde, por motivo fútil, segundo o delegado João Reis, passou a agredir a mulher.
“Há indícios de que ele teria ingerido bebida alcoólica e não se sabe o que provocou a irritação”, comentou a autoridade policial.
Em razão da agressão, a adolescente correu para ajudar a mãe, mas também foi agredida pelo homem, que a jogou no chão e pisou em cima dela. Os rapazes então interviram na situação.
Agressões
Os irmãos - amigos da filha da amante - amarraram Antônio pelos pulsos, pelas pernas e passaram a desferir socos.
Quando perceberam que a vítima estava bastante machucada acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas decidiram não esperar e a levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Universitário, onde ela morreu.
Depois de deixar A. na unidade de saúde, os dois foram até a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga para informar a agressão sofrida pela mulher. No entanto, o delegado de plantão, Alberto Luiz Carneiro da Cunha de Miranda, analisou a situação e ao checar o estado de saúde de Antônio descobriu que ele havia morrido.
Os irmãos então foram presos em flagrante. “Houve um excesso na legítima defesa de terceiro. Eles bateram demais e excederam. A intenção não era matar a vítima, mas como ela morreu eles responderão pelo crime de lesão corporal seguida de morte, com reclusão de 4 a 12 anos”, explicou o delegado João Reis.
Conforme a autoridade policial, a vítima estava com o rosto machucado, os pulsos cortados pelas amarras e os joelhos feridos por volta da briga.
“Agora vou esperar o resultado do laudo, analisar a conveniência de ouvir uma ou outra testemunha e relatar, em 10 dias, o inquérito policial para o Ministério Público oferecer ou não a denúncia”, explicou o responsável pelas investigações.