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Hexacampeão: São Paulo campeão em 1991

Site Oficial do São Paulo - 08 de dezembro de 2008 - 07:53

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Foi a primeira conquista do time que alguns ainda chamam de “São Paulo de Telê Santana”, tentando com essa denominação definir mais uma grande fase de vitórias do Tricolor, que se prolongou até 1994, com o título da Copa Conmebol. O adversário das finais foi o Bragantino. Ganhamos por 1 a 0 no Morumbi e empatamos o jogo de volta, em Bragança Paulista, em 0 a 0. Foi uma partida emocionante até o final, porque o Bragantino jogava a fase anterior (marcou três pontos em cima do Fluminense nas semifinais, enquanto o São Paulo eliminou o Atlético com dois empates). Por isto, o jogo de volta foi realizado em Bragança Paulista.

Esta vitoriosa campanha começou a liquidar a fama de “pé frio” do técnico Telê Santana, mesmo porque o autor do gol que definiu a conquista foi um jogador, Mário Tilico, colocado pelo treinador no meio do jogo.

O grande reforço do São Paulo em relação ao Campeonato Brasileiro do ano anterior foi Müller, que voltava ao time depois de jogar três anos na Itália. Sua inteligência em campo foi um dos fatores de diferenciação do Tricolor campeão. Outro craque importante deste campeonato foi Ricardo Rocha, que no semestre anterior passou longo período de recuperação de uma contusão e não participou dos jogos decisivos do Paulista o com Corinthians.

Ronaldão, que m 90 era reserva, também teve papel de destaque, principalmente pelas coberturas às avançadas de Leonardo, que, por isso, pôde acrescentar habilidade ao meio campo. Os outros foram basicamente os mesmos do Brasileirão de 1990, quando Telê começou a formar o time que iria se tornar campeoníssimo. Este Campeonato Brasileiro também foi marcante para Raí, levando-o para a condição de “craque dimensão-1”. Atuando como meia direita e fazendo dupla com Leonardo (cada um armando de um lado), eles se constituíram nos pontos de qualidade de um elenco inesquecível que consolidou, ainda, craques como Bernardo, Zé Teodoro, Mário Tilico e revelações como Antônio Carlos, Caru e Elivélton, sem falar na recuperação consagradora do goleiro Zetti, desprezado pelo Palmeiras pouco mais de um ano antes.

De ‘pé frio’ a campeoníssimo

Quando assumiu a direção técnica do São Paulo, dia 10 de outubro de 1990, Telê Santana tinha fama de ‘pé frio’. Seus críticos diziam que a sorte sempre lhe faltava na hora ‘h’ – citando principalmente as Seleções das Copas de 1982 e 1986 e o Mundialito de 80. A perda do Brasileiro-90 para o Corinthians foi como jogar gasolina na fogueira. Os títulos que Telê ganhara na Arábia Saudita naquele período não eram considerados, muito menos os ganhos no Brasil, como o de campeão gaúcho de 77 pelo Grêmio ou o de campeão brasileiro de 71 pelo Atlético-MG. Diziam, os críticos, cada vez em maior número, que já haviam ‘caducado’.

Assim, o título de 91 representou uma grande ‘virada’ para Telê e para o São Paulo. O gol de Mário Tilico se transformou no início de uma caminhada que levou o Tricolor a Tóquio duas vezes – e, importante, para duas vitórias.
Regulamento simples – O Brasileiro de 1991 foi disputado sobre um regulamento simples, dando seguimento à ‘revolução’ iniciada em 1987 com a realização da Copa União e a criação do Clube dos 13.

1ª FASE – GRUPO A

São Paulo, 26 pontos
Bragantino, 26
Fluminense, 24
Atlético-MG, 24
Corinthians, 24
Palmeiras, 22
Internacional-SP, 20
Santos, 19
Flamengo, 19
Portuguesa, 19
Vasco, 19
Botafogo-RJ, 18
Bahia, 18
Náutico, 17
Goiás, 17
Cruzeiro, 16
Atlético-PR, 15
Sport, 13
Grêmio, 12
Vitória, 12
A finalíssima contra o Bragantino foi realizada em Bragança Paulista, no Estádio Marcelo Stefani, diante de um público de 12.942 pagantes. O São Paulo jogou com Zetti, Zé Teodoro, Antônio Carlos, Ricardo Rocha e Leonardo; Ronaldão, Bernardo, Cafu e Raí; Macedo e Muller (Flávio). Técnico: Telê Santana.

O Bragantino atuou com Marcelo, Gil Baiano, Júnior, Nei e Biro-Biro; Mauro Silva, Ivair (Luis Miler), Alberto e João Santos (Franklin); Mazinho e Sílvio. Técnico: Carlos Alberto Parreira

Artilheiros - O artilheiro do São Paulo neste campeonato foi Raí, com 7 gols, seguido por Macedo (6), Muller (3), Mário Tilico e Eliel (2 cada), Cafu, Antônio Carlos, Leonardo, Bernardo, Ronaldão, Flávio, Elivélton e Rinaldo (1 cada).

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