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Guga fala da derrota, mas pretende ir a Pequim

COB/Comitê Olímpico Brasileiro - 16 de agosto de 2004 - 17:39

ATENAS - Não foi a despedida que Gustavo Kuerten imaginava para os Jogos Olímpicos de Atenas. Mas mesmo eliminado nesta segunda-feira, dia 16, pelo chileno Nicolas Massu, ao perder por 2 a 1 (3/6, 7/5 e 4/6), na primeira rodada da disputa de simples, o tenista brasileiro se disse satisfeito com o que fez na Grécia. Guga ainda deve permanecer por alguns dias na capital grega torcendo pelos outros atletas brasileiros.

"Claro que eu gostaria de sair com vitória num jogo que valesse a disputa por medalha. Mas de certa forma fiquei feliz por ter lutado bastante. Fui até o meu limite, talvez tenha até passado dele devido às minhas condições físicas. Vesti a camisa do Brasil, que é o que significa estar aqui para mim. Os momentos que passei na Vila representaram bastante e mesmo com esta derrota ficarão marcados na minha memória", disse o jogador.

Guga viveu seu melhor momento no jogo desta segunda-feira no segundo set, quando voltou à quadra bem diferente do primeiro set, ou seja, com outra atitude, sacando melhor e vibrando mais. No set seguinte, a partida ficou equilibrada, até a quebra sofrida pelo brasileiro no quinto game. "Acabei perdendo um game que joguei muito mal, forçando umas bolas que vinha forçando desde o início e acabei falhando", explicou.

Com os olhos vermelhos, indicando um choro no vestiário, o tenista já cogitou disputar os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. "Tenho esperança de que o meu quadro possa se reverter e eu volte a jogar como antes. Tenho 27 anos e não valeria a pena deixar o esporte que tanto gosto. Vejo a possibilidade de disputar os próximos Jogos Olímpicos. Quero pensar dessa forma", comentou o tenista, referindo-se à sua condição física, prejudicada após a operação no quadril, sofrida em 2002.

O tricampeão de Roland Garros admitiu que a dificuldade que sofre na movimentação em quadra o chateia bastante. "A partir de uma hora de jogo começo a sentir bastante. Esse é o risco que corro nos primeiros jogos, quando não estou com ritmo e tenho que arriscar algumas bolas. Isso acaba custando a parte física. Acho que é uma situação bem delicada, principalmente numa quadra dura como essa. De repente, a curto prazo eu encontre uma solução. Mas meu foco tem que ser a longo prazo. Acho que estou melhorando, me preparando melhor para os torneios. Mas não sou o mesmo cara de antes, não tenho condições de jogar uma partida atrás da outra. Isso me chateia bastante", reconheceu o tenista.

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