A greve dos funcionários da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) continua nesta segunda-feira em Campo Grande, Aquidauana e Dourados. Iniciada quarta-feira na capital e no dia seguinte nas outras cidades, a greve prejudica a entrega de encomendas simples, cartas e faturas.

As duas cidades do interior aguardam decisão da capital para definir o futuro da paralisação. Os carteiros de Dourados realizaram assembleia na manhã desta segunda-feira e decidiram manter a greve. Entretanto, João Quenidi, no comando de greve, informou que os funcionários de Dourados podem encerrar a paralisação caso os colegas da capital decidam voltar ao trabalho.

Segundo ele, os carteiros de Campo Grande não conseguiram realizar a assembleia às 8h desta segunda, como estava previsto, devido à forte chuva que atinge a capital, mas devem se reunir ainda nesta manhã para avaliar o movimento. “Se Campo Grande decidir voltar ao trabalho a tendência é que Dourados também volte a trabalhar”, afirmou João Quenidi.

A categoria reivindica uma reposição salarial de 41,03%. Os trabalhadores ainda exigem aumento linear de R$ 300 no piso salarial, que atualmente, é de R$ 640.

A ECT propõe reajuste imediato de 9% e aumento linear de R$ 100 a partir de janeiro de 2010. O acordo valeria por dois anos, com o compromisso de não haver desconto dos dias parados. Em contrapartida, os funcionários ficariam sem aumento salarial até agosto de 2011.

“É esse ponto que não tem respaldo da categoria. Não aceitamos ficar dois anos sem reajuste salarial. Queremos negociar um novo reajuste em 2010”, afirmou João Quenidi.

Só em Dourados, pelo menos 50 mil encomendas deixaram de ser entregues desde quinta-feira. Apenas as entregas de Sedex, consideradas serviços essenciais, vêm sendo feitas nas três cidades de Mato Grosso do Sul.