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Governo libera entrada de gado paraguaio

Campo Grande News/ Fernanda Mathias - 12 de julho de 2005 - 11:51

A SFA (Superintendência Federal de Agricultura) de Mato Grosso do Sul recebeu ontem do DSA (Departamento de Sanidade Animal), em Brasília, mensagem comunicando a liberação da entrada de animais em pé do Paraguai e carne com osso, pleito do País vizinho que ameaçava recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio) se o veto, imposto em 2002, persististe. Naquela ocasião foi confirmado foco de febre aftosa no País vizinho, mas desde maio o Paraguai é reconhecido pela OIE (Organização Internacional de Epizootias) como área livre de febre aftosa com vacinação, o que lhe confere o mesmo status do Brasil e derruba justificativas para restrição.
O superintendente federal de Agricultura, José Antônio Felício, explica que o fim do veto vem com restrições. A abertura ocorre para animais de reprodução e para participação em exposições, ainda assim observando quarentena de 30 dias no Paraguai e outros 30 dias no Brasil.
Também é admitida a importação de carne com osso, mas em ambos os casos excetuando como destino Santa Catarina, Estado considerado livre de febre aftosa sem vacinação.
Felício diz que a equipe técnica estima um período de adequação de 15 a 20 dias até que a medida seja colocada em prática. Além das adequações que devem ser feitas, a SFA dependerá da informação pelo governo paraguaio sobre o local em que os animais ficarão em quarentena no País vizinho. “Como tem uma série de requisitos prevemos que a medida deve ser operacionalizada no início de agosto”, afirma o superintendente. A entrada dos animais se daria por Ponta Porã e Mundo Novo.
Em Mato Grosso do Sul a maior resistência está entre os criadores, que temem um baque na arroba, já defasada, devido aos preços no Paraguai serem tradicionalmente mais baixos que do lado brasileiro. Felício acredita que a chiadeira deva ocorrer, mas observa que se trata de tratados internacionais de mercado – do Mercosul e a OMC – portando não haverá medidas locais que suplantem a determinação de liberação da entrada dos animais e da carne com osso.

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