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Governo federal lança campanha de doação de sangue
O Ministério da Saúde lançou, na manhã de hoje, a campanha publicitária "Doe Sangue, doe vida", em comemoração ao Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, comemorado dia 25 de novembro. A proposta do governo federal, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, é explicar à população a importância e os critérios básicos para a doação de sangue.
Durante esta semana, várias ações vão ocorrer em todo o País para valorizar este gesto de solidariedade e cidadania. O Ministério da Saúde vai distribuir material impresso (folhetos e cartazes) aos serviços de hemoterapia públicos de todo o Brasil sobre a Semana Nacional de Doação Voluntária de Sangue 2006 e os doadores de sangue receberão, neste período, um curativo personalizado com a frase "Doei sangue hoje".
A campanha esclarece sobre a simplicidade do gesto que pode salvar vidas. A garota-propaganda das peças publicitárias deste ano é a atriz Grazielli Massafera. Nas fotos, ela veste uma camiseta branca com a mensagem "Doe Sangue, doe vida".
O texto do folheto à disposição de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) informa que doar sangue não dói, é fácil, rápido, não afeta a saúde do doador e, sobretudo, salva muitas vidas. E faz um apelo: "Não cruze os braços para esse problema".
Parâmetros - Hemocentros e bancos de sangue periodicamente chamam a atenção para a doação regular de sangue de forma a aumentar o número de voluntários fidelizados no País. No Brasil, 1,8% da população doa sangue e, de acordo com parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), para manter estoques regulares, é necessário que 3% a 5% da população faça isso regularmente.
Do total de material coletado, 49% vêm de doações espontâneas e o restante, de reposição. Pelo perfil do doador, 46% deles são jovens entre 18 a 29 anos e mais de 35% são mulheres.
Em 2005, o SUS registrou 3,25 milhões de doações, número 6% maior que o apurado no ano anterior, quando ocorreram 3,04 milhões de doações.
Além de campanhas, o Ministério de Saúde, por meio da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados, trabalha no desenvolvimento de sistemas de informações para avaliar constantemente a captação de doadores, coletas e transfusões. Busca, ainda, otimizar recursos e investir na qualidade do sangue a ser dispensado à população brasileira.
Doação - O sangue é um composto de células que levam oxigênio a cada parte do corpo, defendem o organismo contra infecções e participam na coagulação.
A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador, porque a recuperação é imediata após o ato. Uma pessoa adulta tem, em média, cinco litros de sangue e, em uma doação, são coletados, no máximo, 450 mililitros de sangue.
Todo material doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e, assim, pode beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. As substâncias são distribuídas aos hospitais para atender casos de emergência e pacientes internados.
Para ser doador voluntário, o candidato precisa procurar o hemocentro mais próximo em sua cidade. Antes de doar, o doador passa por uma entrevista médica. O procedimento serve para agregar qualidade ao sangue coletado e dar mais segurança àqueles que receberão o material.
As condições básicas para doar sangue são
. sentir-se bem, com saúde;
. ter entre 18 e 65 anos de idade;
. pesar mais de 50 kg; e
. apresentar documento de identidade com foto, válido em território nacional.
Estas são as recomendações para o dia da doação:
. não doar em jejum;
. fazer repouso mínimo de seis horas na noite anterior;
. não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores;
. evitar fumar por, pelo menos, duas horas antes;
. evitar alimentos gordurosos três horas antes; e
. interromper, por 12 horas, atividades como pilotar avião ou helicóptero, conduzir ônibus ou caminhões de grande porte, subir em andaimes e praticar pára-quedismo ou mergulho.
Pessoas que não podem doar:
. que tiveram hepatite após os 10 anos de idade;
. mulheres grávidas ou que estejam amamentando;
. pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como Aids, hepatite, sífilis e Doença de Chagas;
. usuários de drogas;
. que fizeram tatuagem ou colocaram piercing, nos últimos 12 meses, em estabelecimentos não-controlados pela Vigilância Sanitária;
. que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativo, nos último ano.
O que acontece depois da doação?
O doador recebe um lanche, instruções referentes ao seu bem-estar e poderá, posteriormente, conhecer os resultados dos exames feitos em seu sangue.
Estes testes servem para detectar doenças como Aids, sífilis, Doença de Chagas, vírus HTLV I e II, hepatites B e C. Outro exame revela o tipo sangüíneo. Em caso de sorologia positiva de algum dos testes, o doador será convocado para coletar uma nova amostra para confirmação e, se necessário, encaminhado a um serviço de saúde. O material infectado é descartado e não será usado para transfusões.
Hemocentros e bancos de sangue - Atualmente, 1.750 unidades hemoterápicas (laboratórios, hemocentros, bancos de sangue) estão credenciadas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Deste total, 150 são hemocentros que integram a rede pública de saúde.
A prestação de serviços hemoterápicos é da responsabilidade da hemorrede pública estadual e municipal (hemocentros e suas unidades), complementada pela iniciativa privada (serviços de hemoterapia e bancos de sangue).
Garantir sangue seguro para as transfusões é o desafio cada vez maior dos serviços hemoterápicos. Entre as funções de hemocentros e bancos de sangue estão
. seleção de doadores com baixo risco de infecções transmissíveis por transfusão;
. captação exclusiva de doadores de sangue voluntários, com motivações altruístas e humanitárias;
. fidelização de doadores voluntários de sangue com doações habituais;
. educação em saúde sobre a importância da doação de sangue e fatores de risco que tornam pessoas inaptas à doação;
. seleção rigorosa de doadores segundo critérios definidos, incluindo entrevistas médicas antes da doação, triagem laboratorial e aconselhamento individual a cada doação;
. adoção de procedimentos seguros de coleta para evitar contaminação bacteriana;
. transfusão de sangue somente quando não houver outras opções disponíveis.
Para mais informações sobre doação de sangue, o cidadão e a cidadã podem ligar gratuitamente para o Disque Saúde: 0800-61-1997