Novas propostas para o processo de escolha de diretores das escolas estaduais de Mato Grosso do Sul surgiram na tarde desta terça-feira (27 de novembro), durante reunião entre a secretária de Estado de Educação, Nilene Badeca, e representantes da Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul. No diálogo, sugeriu-se que a média de corte da prova seja reduzida, e que o exame, ao invés de eliminatório, seja utilizado como “peso” no processo eleitoral – ao lado dos votos de alunos, pais e responsáveis e professores. As propostas serão apresentadas nesta quarta-feira (28) ao governador André Puccinelli (PMDB), às 7h, e rediscutidas com a Fetems às 10h.

Segundo o presidente da federação, Jaime Teixeira, o governo estadual não abre mão de realizar as provas, ao mesmo tempo em que os professores defendem que o exame não tenha caráter eliminatório. Nesse sentido, apresentou-se proposta para que a média (hoje estipulada em “6”) seja reduzida, e que as provas tenham fundo classificatório.

“Sugerimos que a nota da prova passe a ter peso na eleição, que hoje é realizada entre professores, pais e alunos, que têm pesos iguais. A melhor nota seria favorável ao candidato”, explicou Teixeira. Com isso, segundo o presidente do Fetems, seria eliminada também a pré-seleção de candidatos.

Em todas as possibilidades discutidas durante a tarde, Teixeira afirmou que há pontos “divergentes e convergentes”. Porém, foram apontados avanços, como a realização de provas apenas com questões objetivas e a realização da eleição do colegiado escolar concomitantemente com a escolha de diretor. Ao mesmo tempo, a Fetems aceita a obrigatoriedade do curso preparatório para diretores. “Não somos contra”, ressaltou.

ACP – Em assembléia nesta manhã, o Sindicato Campo-grandense dos Profissionais em Educação decidiu encaminhar a todos os professores e funcionários de escolas estaduais a listagem de e-mails e telefones dos deputados estaduais. A intenção é remeter contatos aos parlamentares para argüir sobre possíveis mudanças de opinião referentes à votação de 2006, quando foi aprovada a eleição direta para diretor nas instituições estaduais de ensino.