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Golpe do falso seqüestro volta a fazer vítimas em MS

Maristela Brunetto/Campo Grande News - 10 de março de 2006 - 17:52

Uma ameaça que ocorreu em várias ocasiões e cidades de Mato Grosso do Sul no ano passado volta a assustar: o golpe do falso seqüestro. Através de ligações telefônicas, as pessoas são informadas de que um familiar está sob poder de seqüestradores e que devem imediatamente fazer depósitos bancários. Ontem, um homem foi informado que se tratava de um golpe quando já estava na fila de um banco para depositar R$ 10 mil, conforme a Polícia Militar.

Na tarde desta sexta-feira, a polícia novamente foi acionada e conseguiu evitar que o golpe fizesse outra vítima. Um comerciante do Conjunto Parati foi informado que a mulher tinha sido seqüestrada e que precisava pagar resgate. A Polícia Militar entrou na história e o Getam (Grupamento Tático de Motos) colocou policiais em vários itinerários. A mulher acabou sendo encontrada em um ônibus voltando para casa.

Os falsos seqüestradores disseram ao marido que ela tinha ido ao banco e no trajeto tinha sido seqüestrada. De fato ela fora fazer um depósito. Essa informação leva a PM a acreditar que os criminosos façam escuta telefônica.

No caso descoberto na quinta-feira, um homem foi informado primeiro que o sobrinho tinha sofrido acidente e depois que tinha sido seqüestrado. O rapaz seguiria para Rio Verde. PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) trabalharam juntos e acabaram localizando o rapaz e impedindo que o golpe se concretizasse.

O telefone de onde partiu a ameaça não aparecia no identificador do celular. Os envolvidos chegaram a passar a placa do carro onde estava o sobrinho da pessoa ameaçada. A ordem era para que fosse feito depósito em duas contas.

Número elevado- Desde segunda-feira, o Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Seqüestros) já constatou 60 casos deste tipo de crime. Foram pelo menos 30 registros de ocorrências, conforme o delegado Luiz Alberto Ojeda.

A história do acidente envolvendo familiar se repetiu em outros casos, disse o delegado. Confirmada a existência daquele parente, logo depois vem a ligação com ameaça. Esta semana, houve pagamento de dois resgates- de R$ 3 mil e R$ 6 mil - aos autores.

A Polícia acredita que os envolvidos nas ameaças sejam presidiários, como no ano passado, quando uma quadrilha chegou a ser desmantelada. Ela tinha ramificações em Ponta Porã e no Rio de Janeiro. Pessoas de fora dariam suporte aos presos. É o que também acredita o 3º sargento da PM Paulo Henrique Nogueira, que atendeu a ocorrência nesta sexta-feira no Parati.

Para ele, o grupo tem método de trabalho. “Tem gente que fala que é a esmo. Não é, bandido é organizado”.
Esse tipo de crime também foi constatado esta semana em Bonito. Foram cinco casos em um inrtervalo de quatro horas na terça-feira, como informou a Polícia Civil.

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