"No dia 31 de dezembro, ao meio dia, fui chamado na prefeitura, para acertar os novos valores do plantão da Santa Casa, estando lá o prefeito, o provedor, Davi Rezende. Saímos da reunião, acertados em R$600. Para nossa surpresa, agora em fevereiro, o Márcio Miranda, disse que o valor a prefeitura resolveu repassar os mesmos valores do ano anterior. Não posso aceitar, que o acertado não seja cumprido", foi o que disse o dr. Carlos Geremonte, diretor clínico da Santa Casa, num dos trechos da entrevista que concedeu hoje ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca.
Explicou, que antes de se falar em dinheiro, é necessário saber, que os sete médicos da Santa Casa precisam ficar os trinta dias disponíves, para qualquer hora, do dia da noite. Exemplificou " no caso do plantonista ser pediatra, caso surja uma operação, existe a necessidade de chamar o cirurgião, o anestesista e toda a equipe". Não é o caso, segundo o médico, em cidades maiores, onde existe um médico para encaminhamento no plantão e uma equipe de apôio que já fica de prontidão para ser acionada. Contou, que esses são pagos pelo serviço, enquanto que os médicos de Cassilândia, não recebem e trabalham em função da solidariedade entre os colegas.
Perguntado sobre a possibilidade de se fechar a Santa Casa, no caso de não se chegar a um consenso, disse que não pensou nesta hipótese, mas lamentava se ocorrer.
Os médicos estão paralisados, fazendo atendimentos apenas de urgência.