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Genética é responsável pelas alergias

Agência Notisa - 17 de março de 2011 - 17:24

A ocorrência de doenças alérgicas tem aumentado no mundo todo. Segundo especialistas, a sua prevalência é resultado de uma complexa interação de fatores genéticos e ambientais. E, como não é possível manipular os fatores genéticos, se torna de suma importância a identificação dos fatores ambientais relacionados com a aparição de doenças alérgicas. “Assim medidas podem ser implementadas, oferecendo uma oportunidade real de prevenção desses males”, diz o médico alergista do Instituto Nacional de Pediatria, localizado na Cidade do México, Gerardo López Pérez.

No estudo “Factores de riesgo relacionados con enfermedades alérgicas en la Ciudad de México”, Geraldo, em parceria com outros especialistas, identificou alguns fatores de risco hereditários e ambientais que podem ter ligação com o aumento das doenças alérgicas na Cidade do México. Para isso, o grupo de pesquisadores contou com a colaboração de três mil médicos, de 214 centros de saúde.

Segundo os autores, a amostra do estudo foi composta por mais de quatro mil pessoas. “A existência de alergias foi definida a partir da presença de dois ou mais sintomas positivos para cada enfermidade”, explicam no artigo que foi publicado ano passado na Revista Alergia México.

Assim, para o diagnóstico de asma, por exemplo, os médicos verificavam sintomas como: falta de ar durante o dia, dispneia noturna, tosse intratável e sensação de aperto no peito. E para a presença de rinite alérgica, eles observaram sintomas como coriza hialina, obstrução nasal, espirros e prurido nasal. “A existência da alergia foi determinada na ocorrência de dois ou mais sintomas durante pelo menos um dia por semana no último ano”, esclarecem.

Em relação aos fatores ambientais, eles identificaram como fatores de risco para o aparecimento de alergias: umidade e salitre nas paredes, casas muito frias e com paredes de tijolos, poeira, entre outros. “Além disso, a presença de plantas dentro de casa, bichinhos de pelúcia nos quartos, bem como tabagismo ativo e passivo estão relacionados ao aparecimento de doença alérgica em uma estatística significativa”, alertam na pesquisa.

Já os fatores de risco genéticos envolvidos na ocorrência de doenças alérgicas, segundo eles, são os mais importantes para o aparecimento dessas doenças. Os especialistas dizem que quando um pai tem alergia a criança tem 50% de chance de ter a doença, enquanto que, se ambos os pais são afetados, o risco aumenta para 70%. “O risco na população sem uma predisposição hereditária é de 9 a 18%”, dizem.

No estudo, eles verificaram que a presença de alergia nas mães dos pacientes analisados era maior (13,4%), seguida pela presença nos irmãos, (11%), pais (5,8%), avós maternos (3,8%) e paternos (2,7%). Além disso, os resultados mostram que a rinite alérgica foi a doença mais comum em todos os parentes de primeiro grau do paciente – mãe (24,8%), pai (29,7%) e irmãos (30,8%) – e a asma foi predominante em parentes de segundo grau (avós).

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