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Geléia real pode auxiliar em tratamento

Agência Notisa - 23 de dezembro de 2004 - 06:41

O tratamento de paciente pediátricos com imunodeficiência celular preocupa pesquisadores em todo o mundo. Um estudo do Hospital Infantil Norte Docente ``Juan de la Cruz Martínez Maceira``, de Santiago de Cuba, publicado na Revista Cubana de Pediatria (Volume 76, nº1), traz uma esperança para o tratamento. Geléia real, substância que abelhas produzem a partir do néctar das flores, pode proporcionar melhoria clínica nos pacientes.

O estudo abordou 100 crianças, que foram divididas em três grupos: um recebeu medicação e vitaminas, outro, o mesmo tratamento mais a metade da dose ótima de geléia real, (veiculada através de comprimidos mastigáveis) e o terceiro, a quem foi administrado medicação tradicional e geléia real na dose recomendada. Foi observada melhoria clínica e laboratorial superior nos pacientes que utilizaram a geléia real em dose ótima: e o melhor “sem o aparecimento de reações adversas, com aumento da qualidade de vida, do apetite e do número de linfócitos T periféricos”, destacam os pesquisadores no artigo.

O estudo também considerou o apetite das crianças em suas análises, mesmo sabendo que se trata de uma variável altamente estimulada por fatores externos. A vontade de se alimentar dos filhos acaba sendo traduzida pelas mães como melhora clínica: “as mães avaliam o estado geral de seus filhos pelo apetite deles”. Os pesquisadores afirmam que o apetite dos pacientes aumentou de forma considerável.

A pesquisa lembra que os transtornos nutricionais são a maior causa de imunodeficiências em pacientes debilitados, podendo afetar pelo menos mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. “Ainda que amplamente conhecido que os fatores dietéticos afetam a estrutura e funcionamento de todas as células do organismo, os tecidos linfóides são especialmente susceptíveis, pelo fato de sintetizarem proteínas imunomoduladoras, por isso as alterações imunológicas aparecem de forma precoce durante as deficiências nutricionais”, explicam os cientistas.

Eles apontam que, desde o início do século XX, a geléia real já vinha sendo usada porque acreditava-se em suas propriedades rejuvenecedoras e virilizantes. “Hoje já se sabe que a geléia real tem mais de 12 proteínas, grande número de oligoelementos, todas as vitaminas do complexo B, ácido fólico, 15 aminoácidos essenciais, além de minerais como zinco e ferro, além de possuir propriedades cicatrizantes, antibacterianas e antiinflamatórias”, afirma o estudo.

O texto conclui que é importante contar com um produto barato, acessível ao paciente, e que não possua efeitos adversos, sendo um eficiente suplemento nutricional para pacientes portadores de imunodeficiências: “sua ação sobre o sistema imune e sobre a hemoglobina, transforma a geléia real em um importante arsenal terapêutico nos estados de imunodeficiência celular”, garantem os pesquisadores.


Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)

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