A resolução da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, publicada no Diário Oficial daquele Estado nesta terça-feira, 6 de dezembro, revoga todas as outras medidas anteriores restritivas quanto ao gado de Mato Grosso do Sul e do Paraná, o que significa que, com exceção dos procedentes das chamadas “áreas de risco” os animais suscetíveis à febre aftosa poderão entrar em território paulista, desde que cumpram o protocolo sanitário, acompanhados de documentos fiscal e zoosanitário.
Conforme o diretor da área Animal da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, em Campinas (SP), Celso Alberto Gonçalves, com a resolução está liberada a entrada de animais de melhoramento genético, desde que respeitado o veto às áreas de risco e os corredores sanitários.
Conforme determina a resolução, estão liberados produtos e animais de fora da chamada área de risco, no caso de Mato Grosso do Sul Eldorado, Mundo Novo, Japorã e parte de Iguatemi e Itaquiraí.
Celso Gonçalves afirma que a abertura para os animais de Mato Gross do Sul e do Paraná, agora não mais restringida ao boi gordo para abate imediato, deve demandar maior trabalho da vigilância. “Não será fácil nosso efetivo deixa de atuar em outros programas por conta da aftosa”, diz. A expectativa é que haja necessidade de aumentar o efetivo de fiscais.
O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto, afirma que a liberação da entrada de animais de genética em São Paulo é fundamental para que os negócios tenham continuidade. Laucídio ressalta que muitos negócios estavam sendo realizados de forma virtual, pelos canais de televisão, e a entrega do gado comercializado estava represada, resultando em custo extra para o produtor.