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Geral

Fumante passivo custa R$ 37 milhões por ano ao governo

Imprensa Abead - 31 de outubro de 2008 - 04:05

Cerca de 2.600 pessoas morrem todo ano no Brasil em conseqüência de doenças provocadas pelo tabagismo passivo. Com isso, o gasto do SUS (Sistema Único de Saúde) com o tratamento é de pelo menos R$ 19,15 milhões, de acordo com estudo publicado hoje, (30), pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Além disso, o impacto no pagamento de pensões ou benefícios pelo INSS (Instituto Nacional de Previdência Social) é de R$ 18 milhões anuais.

O estudo levantou os custos das três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: doenças isquêmicas do coração (como infarto do miocárdio), acidentes vasculares cerebrais e câncer de pulmão. A população estudada mora nos centros urbanos, tem 35 anos ou mais e é formada por fumantes passivos expostos involuntariamente à fumaça do cigarro em suas residências.

Para o diretor da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Marco Antonio Bessa, a única forma de diminuir o número de fumantes passivos e, conseqüentemente, o número de mortes relacionadas, é através de um aperfeiçoamento das leis que já existem hoje, aumentando também a fiscalização. “O que precisa ser feito é aumentar a fiscalização nos locais onde se é proibido fumar e ampliar as campanhas de prevenção e limitação ao uso do tabaco”, apontou o psiquiatra.

O médico ainda destaca que as medidas anti-cigarro evoluíram ao longo dos anos “Antes as pessoas fumavam em ônibus, cinema, avião, já houve avanço. De 20 anos pra cá houve uma melhora”. E completa: “precisamos aperfeiçoar as leis atuais anti-tabagismo, trabalhar educando as crianças e adolescentes. Até porque, eles funcionam como incentivadores contra o cigarro e ajudaríamos a evitar também que se tornem os fumantes de amanhã”.

Encontro sobre Tabagismo
O Rio de Janeiro receberá, entre os dias 6 e 8 de novembro, a 11ª edição do Simpósio Internacional sobre Tratamento de Tabagismo. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), debaterá diversos aspectos relacionados à dependência química e ao tabagismo.

Entre os temas que compõem a programação, estão atividades sobre políticas públicas, fumo passivo, tratamento farmacológico, abstinência e as relações do tabagismo com o câncer e doenças do coração. Além disso, serão realizadas apresentações sobre dependência química e abuso de outras substâncias, como o álcool e as drogas ilegais.

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