Sem citar siglas, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) admitiu hoje ao Campo Grande News que vem sendo sondado por “vários” partidos, mas que não cogita deixar o PT no momento. Amaral vem sendo alvo de críticas de petistas e aliados pela condução dos trabalhos da CPMI dos Correios. Em Mato Grosso do Sul, é o mais cotado entre lideranças como o governador Zeca do PT, para assumir o diretório regional, que conduzirá o partido na disputa pelo Governo do Estado em 2006.

O senador é o pré-candidato petista, mas recusa a presidência do PT pela sobrecarga de atividades – além de presidir a CPMI ele também é líder do partido no Senado.

Dar a Amaral a presidência do PT seria uma estratégia para mantê-lo no partido – o que poderia explicar a insistência do governador e dos deputados federais Vander Loubet e Antônio Carlos Biffi, entre outros nomes. “Não precisa fazer isso para eu ficar no PT. Não abandono o barco, jogo em time. Sondado fui, muita gente faz isso, o que até envaidece a gente, mas estou firme no partido. Não me verão cometer atos de deslealdade”, disse.

Sobre a possibilidade de deixar o PT após concluir da CPMI, o senador desconversa. “Vou continuar no PT para ajudar o partido a sair da crise”, afirmou.