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Fisiologista aponta prejuízos com episódio de gás

Juca Pacheco/SPFC - 22 de abril de 2008 - 08:40

Com experiência de 25 anos trabalhando no clube, o fisiologista Turíbio Leite de Barros apontou alguns impactos diretos causados na equipe tricolor devido ao episódio ocorrido no vestiário do São Paulo, no Estádio Palestra Itália, quando gás não identificado foi atirado misteriosamente, obrigando os jogadores do elenco, comissão técnica e diretoria, a evacuarem o local.

"Não era gás pimenta, mas outro com efeito tóxico. O que importa era o efeito que ele tinha. O mais grave era a insuficiência respiratória. Você não consegue trocar oxigênio quando sente isso. A gente teve de sair rápido e foi o que atenuou o caso", explicou o fisiologista, acrescentando ainda os prejuízos causados a equipe.

"Os jogadores não tiveram os 15 minutos de descanso conforme rege o regulamento da competição. Isso é de um enorme prejuízo para equipe", disse.

Além do descanso, Turíbio aponta outros aspectos que influenciaram diretamente no desempenho do tricolor no segundo tempo da partida contra o Palmeiras, no último domingo.

"Além do descanso, não houve uma hidratação devida, nem reposição de sais minerais conforme planejado. Sem contar a aplicação de gelo nos jogadores que se queixam de dores", emendou.

Turíbio ainda ressaltou que o prejuízo são-paulino não foi apenas físico. Mais do que isso, ele lembrou que o técnico Muricy Ramalho não pôde dar suas instruções aos jogadores com a mesma condição do adversário.

"Já apontei inúmeros problemas físicos que esse acontecimento nos trouxe. Mais grave ainda foi não dar a condição ao técnico Muricy Ramalho fazer as alterações e as orientações necessárias para o ajuste da equipe para o segundo tempo", declarou.

Muricy foi a pessoa da delegação mais atingida pelo gás, tanto é que teve refluxos no intervalo e durante o segundo tempo. Além disso, dentro do campo (ainda mais em estádio adversário) não é o ambiente correto para uma devida preleção com os jogadores.

"Em 25 anos de profissão, foi a primeira vez que eu vi isso acontecer. Já fomos em tudo quanto é estádio, inclusive nos que dizem que a pressão é maior, como o Moisés Lucarelli (estádio da Ponte Preta), São Januário (Vasco) e muitos outros no exterior. Só espero que as providências sejam tomadas, porque um caso desse merece atenção, e não somente que o fato seja noticiado. Isso não pode ficar impune. Agora eu entendo porque o Palmeiras queria tanto jogar lá, e porque as pessoas de bom senso eram contra", disse Turíbio, indignado.


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