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Fiesp não acredita em aquecimento da economia

Liésio Pereira/ABr - 23 de outubro de 2003 - 08:27

São Paulo - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, em nota oficial, considerou que a redução da taxa básica de juros (Selic), de 20% para 19% ao mês, sem viés, anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), não estimula o aquecimento da economia neste final de ano. "Não nos surpreende que algumas pesquisas estejam atestando a dificuldade dos empresários em ajustar seus estoques e recuperar sua saúde financeira", diz a nota.

Para a Fiesp, o aquecimento da demanda doméstica é perceptível, mas ocorre em um ritmo bastante lento e de forma localizada. "Quem vê o cliente sabe que o poder de barganha está todo com o consumidor. É preciso aproveitar esse ambiente favorável ao controle de preços e soltar as amarras da economia continuando a derrubar os juros e o fazendo de forma mais pronunciada agora. O Banco Central está perdendo essa oportunidade", destaca o texto.

A Fiesp acredita que a produção está dividida em "dois mundos". Os que estão mais ligados à cadeia exportadora, segundo a entidade, "mostram um vigor surpreendente" e os seus preços estão mais associados à cotação do câmbio e ao cenário do mercado internacional. Já os demais empresários são os mais afetados pela política monetária. "Se não conseguir distinguir a dinâmica desses dois mundos, (o Banco Central) irá atirar no que vê e punir quem ainda não viu seus números no azul", ressalta a nota, assinada pelo presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva.

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