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Fiel diz, "compro no cartão, e Deus ajuda depois"

Radiobrás/ Alessandra Bastos - 05 de maio de 2007 - 16:42

“Atenção! Quase todos os hotéis da cidade estão lotados, portanto, não chegue sem antes confirmar a vaga, pois você correrá o risco de ficar na rua!”. O alerta está num site da internet especializado em viagens e se refere ao período em que o papa Bento XVI estará em Aparecida (SP), no próximo fim de semana.

Na casa de dona Miriam de Freitas Teixeira, de 60 anos, toda a família vai ver o papa. Ela, a filha de 14 anos e o esposo, “que já está lá”, ressalta. Miriam conta que está de mala pronta para viajar e espera ansiosa pelo momento de conhecer o papa. “Há anos esperamos por isso, pensamos e planejamos”, diz. A família vai acompanhar toda a programação de Bento XVI em São Paulo e Aparecida. Saem do Cruzeiro, região administrativa de Brasília, na quarta-feira (09), e só retornam no dia 14.

A hospedagem está garantida. Vão ficar na casa de parentes. Apesar de tanta espera, a fiel ainda não comprou a passagem. “Mas vou comprar já na segunda-feira”, avisa. Quanto vai gastar é o detalhe menos importante. “Vou comprar a passagem no cartão, e Deus ajuda depois”, fala ela, com a fé de quem é católica “desde pequena” e nunca teve a oportunidade de ver um papa. Os preços dos hotéis em Aparecida (SP) variam de R$ 300 a R$ 1.600. Um dos mais caros, com diárias a partir de R$ 1.600, já tem 70, dos 80 apartamentos, reservados.

Em Brasília, as excursões de ônibus de três dias para Aparecida estão saindo, em média, por R$ 520 a cabeça. Miriam diz que não é aposentada, “somente o marido”. O trabalho? “Ah, eu faço viagens... para retiros e eventos da igreja”. Como quem já conhece o assunto, avisa: “Só de jovens, estão indo 600 em caravanas da igreja”. “Muitos jovens estão indo de avião, porque a passagem estava R$ 50”. Outras 800 pessoas, segundo ela, viajam para Aparecida também em caravanas.

Dona Miriam sente orgulho da profissão. “É uma maneira de evangelizar. Os jovens me chamam de tia e até de mãe”. Mas, para ela, quando se trata de ver o papa, a história é outra. Por isso, preferiu não ir a trabalho, para aproveitar melhor o momento.

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