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Extradição de Cacciola é autorizada em Mônaco

Morillo Carvalho/ABr - 16 de abril de 2008 - 17:06

Brasília - O pedido de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, condenado no Brasil pelos crimes de peculato e gestão fraudulenta, recebeu ontem (15) parecer favorável da Justiça de Mônaco. Agora, falta o príncipe Albert II se pronunciar sobre o assunto. Desde que assumiu o principado, em 2005, ele nunca contrariou decisões da Justiça em casos de extradição.

A Corte de Apelação do principado adiou por diversas vezes a audiência que trataria do processo de extradição do ex-banqueiro, preso desde 15 de setembro do ano passado. A última deveria ter ocorrido em 31 de janeiro. Na manhã de hoje (16), o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que ficou satisfeito com a decisão.

“Nós estamos satisfeitos. Isso não quer dizer que o senhor Cacciola não tenha direito a recorrer, aqui, e ditar os rumos do seu processo, mas isso é importante porque mostra que o processo de extradição foi muito bem feito. Ato contínuo, o príncipe vai decidir se permite ou não. Aí é uma decisão política”, disse o ministro.

Ele completou que a decisão deve demorar de 20 a 30 dias, mas que pode acontecer a qualquer momento. Segundo ele, o Brasil já está preparado para executar a extradição.

“No momento em que nós tivermos a decisão final do príncipe, isso vai transitar para uma relação do Ministério da Justiça com o Itamaraty e a Polícia Federal. Nós, em 48 horas, estamos prontos para fazer essa extradição, se ela permanecer deferida”, assegurou.

Para Tarso, a extradição de Cacciola é um símbolo de luta contra a impunidade.

“Da nossa parte, o trabalho todo foi feito. Isso é muito importante do ponto de vista simbólico porque é o cumprimento de uma ação judicial, mas sinaliza para a sociedade que existe uma disposição do país em lutar contra a impunidade”, acrescentou.



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