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Geral

Ex-ministro de FHC abre contas do tipo B

04 de abril de 2008 - 16:29

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) abriu nesta sexta-feira (dia 4) a documentação da época em que foi ministro da Reforma Agrária durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A documentação abrange o período de 1996 a 2002 e inclui gastos referentes a conta tipo B do gabinete de Jungmann e despesas com viagens e da área de serviços gerais do ministério.

Entre os gastos apontados por Jungmann, está o pagamento de massagem em um hotel no Rio de Janeiro, que ele justificou como sendo necessária por causa de um problema de saúde, e também despesas com hotel em Recife, sua cidade natal, mas na qual não tinha residência na época. Jungmann disse que, se alguém soube da existência dessas informações, que foram divulgadas pela imprensa nos últimos dias, isso prova que o dossiê sobre gastos com cartões corporativos e contas tipo B durante o governo Fernando Henrique Cardoso realmente existe.

"Se alguém sabia disso, é a comprovação do dossiê, ou, pelo menos, da bisbilhotice. Isso que está aí (os documentos) foi aprovado pela Controladoria Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União. Afora isso não existe mais nada.", afirmou.

O ex-ministro disse esperar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também abra suas contas, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez. "Quem não deve não teme. Considero que o presidente Lula está moralmente obrigado, depois desse ato e de outros, que tenho certeza que se seguirão, a abrir as contas dele, porque, se não ele pode vencer na CPMI dos Cartões Corporativos, passar o rolo compressor várias vezes, mas moralmente será o derrotado", afirmou.

Jungmann informou que pediu a abertura de um inquérito na Polícia Federal de Pernambuco para apurar o vazamento de informações sobre seus gastos como ministro e também para apurar a existência do dossiê. O deputado disse que, até o momento, não recebeu nenhum documentação sobre abertura de investigações. Ele pretende pedir, ainda hoje, em Brasília, a abertura de investigações pela Polícia Federal.

Informações divulgadas nos últimos dias pela imprensa davam conta de um dossiê sobre os gastos do governo Fernando Henrique Cardoso com contas tipo B, usadas para pagar despesas que não precisam de licitação, e também com cartões corporativos. A autoria do dossiê foi atribuída ao Palácio do Planalto, que negou a elaboração do documento e informou que estava fazendo um banco de dados para organizar os milhares de informações que circulam diariamente nos órgãos do governo, facilitar a prestação de contas e dar transparência aos gastos públicos.





Jorge Franco com informações da Agência Brasil

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