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Ex-deputado nega ter vendido voto a favor da reeleição

Marcos Chagas/ABr - 08 de novembro de 2005 - 19:48

O ex-deputado Chicão Brígido (PMDB-AC) disse hoje, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Compra de Votos que foi "vítima" de um processo que envolveu seu nome, em 1997, em um possível esquema de compra de votos de deputados acreanos para que votassem a favor da emenda da reeleição. Na época, o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) citou o nome de Brígido e de outros parlamentares que teriam recebido dinheiro do governo para votar a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que instituia a reeleição.

A conversa foi gravada e divulgada pelo jornal Folha de São Paulo. "Em momento algum, o Ronivon Santiago me viu participando dessa bandalheira. A CPMI tem que chamar para depor o Orleir Cameli [então governador do Acre pelo PFL] e o Amazonino Mendes [na época, governador do Amazonas, também pelo PFL]", afirmou o ex-deputado.

Chicão Brígido negou que tivesse participado, em qualquer momento, de reuniões para discutir seu voto em troca de dinheiro. Na ocasião, o jornal paulista preservou o nome da pessoa que travou o diálogo com Ronivon Santiago. A fonte foi identificada pela Folha como "Sr. X".

Perguntado pelos parlamentares se tinha conhecimento ou desconfiava de quem era o "Sr. X", Brígido disse que "o que circula a boca pequena, no Acre, é que seria o ex-deputado Narciso Mendes". No entanto, Brígido ressaltou que o próprio Narciso Mendes negou, tempos atrás, que tenha sido o autor das gravações.

O ex-deputado, que hoje é suplente de Ronivon Santiago, disse que não foi procurado por nenhum representante do governo Fernando Henrique pedindo voto para a PEC da Reeleição em troca de "benefícios pecuniários". Ele afirmou que jamais teve contato com os então ministros Sérgio Motta (já falecido) e Luís Carlos Mendonça de Barros, além do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio.

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