Mais uma vez, a exemplo do que ocorreu no ano passado, a situação das rodovias de Mato Grosso do Sul é condenada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), na Pesquisa Rodoviária 2004, divulgada nesta quarta-feira. Todas as rodovias que cortam o Estado, cerca de 3,5 mil quilômetros, são classificadas como deficientes ou ruins, na avaliação geral.
Na avaliação de pavimento, em toda a malha foram detectadas deficiências e há, inclusive, várias fotos ilustrando a precariedade do asfalto nos pontos mencionados. No que diz respeito à sinalização, somente as rodovias ligando Ponta Porã a Rondonóplis e Itapetininga (SP) a Ponta Porã há uma avaliação positiva, com o conceito “bom”.
A questão, porém, que se apresenta mais preocupante, conforme a pesquisa, é a da geometria. Há trechos considerados deficientes, ruins e até péssimos, no caso de Mundo Novo a Dourados e de Rio Brilhante a Porto Murtinho.
A situação das rodovias, que acende a luz vermelha para a logística de escoamento da safra, foi lembrada pelo Campo Grande News em reportagem especial produzida no dia 17 de setembro. Reflexo da má conservação das rodovias, os consertos de danos provocados em caminhões hoje consomem 30% do que é arrecadado com o frete, segundo o relações públicas do Sindcargas (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Mato Grosso do Sul), Roberto Sinai.