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Especialistas debateram o ambiente de trabalho e a saúde dos bancários

Agência Câmara - 08 de agosto de 2016 - 17:00

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados realizou nesta quinta-feira (4) o I Seminário O Preço da Saúde Mental no Trabalho Bancário, com o objetivo de discutir com especialistas e representantes da categoria formas de humanizar o trabalho e diminuir o estresse entre os bancários.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, explicou que a taxa de adoecimento dos funcionários de instituições financeiras está diretamente ligada à forma como o trabalho está organizado atualmente. "Nós temos uma pesquisa que aponta o risco de adoecimento de 40% dos bancários em função da pressão por metas que são impostas e também da falta de descanso”.

O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Álvaro Crespo, relatou que na clínica de saúde do trabalhador da Universidade, nos últimos cinco anos, as queixas dos bancários mudaram de problemas osteomusculares para doenças mentais, que muitas vezes não são reconhecidas pelo próprio paciente.

“As pessoas não vão por queixa de saúde mental. O trabalhador vai porque ele tem uma dor no ombro e quando a gente pergunta para ele como está a situação dele no trabalho muito frequentemente hoje a pessoa simplesmente se bota a chorar na nossa frente.”, disse Crespo.

A deputada Érika Kokay (PT-DF), autora do requerimento para a realização do seminário, explicou que, após as discussões, a Câmara deverá propor uma nova legislação para regulamentar o setor e minimizar os problemas enfrentados atualmente pelos bancários.

"O trabalho é um lugar onde a gente tem que se achar e se reconhecer enquanto ser humano, não pode ser um lugar onde a gente perde a nossa saúde, os nossos tendões, os nossos sonhos e as nossas esperanças.", afirmou a parlamentar.

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