A partir do primeiro semestre do ano que vem serão oferecidas 17.600 vagas para os cursos universitários de Matemática, Física, Química, Pedagogia e Biologia, pelo método de ensino a distância. Para isso, o Ministério da Educação criará nove consórcios, já definidos no dia 27, com 39 instituições públicas de ensino superior.

De acordo com o secretário de Educação a Distância do MEC, Marcos Dantas, os cursos foram escolhidos devido à carência de 270 mil professores dessas matérias no ensino médio e fundamental, e na disciplina de Ciências da 4ª à 8ª série, representando cerca de 25% dos profissionais. Além de facilitar o ingresso de estudantes que moram em áreas de menor acesso à universidade ou que trabalham fora, os cursos serão essenciais para "fixar os alunos nas suas cidades de origem e evitar a carência de profissionais especializados em cidades do interior".

O secretário disse ainda que "essa orientação estratégica para o ensino universitário a distância é uma iniciativa pioneira no país: é a primeira vez que o MEC faz uma chamada pública para formar um consórcio desta qualidade. Antes, só havia iniciativas isoladas". Até o final do ano, acrescentou, o governo investirá R$ 14 milhões, e a previsão para o ano que vem é que sejam gastos mais R$ 20 milhões.

O diretor de Política da secretaria, Sérgio Franco, informou que o MEC já tem definidos métodos de avaliação e acompanhamento para garantir que os cursos a distância tenham a mesma qualidade dos cursos presenciais. "É bom desmistificar a idéia de que curso a distância significa juntar o material e ganhar diploma. Os cursos contarão com atividades presenciais e terão que respeitar o tempo previsto pela legislação e pelo projeto da universidade", disse.

O secretário Marcos Dantas também anunciou que o Rio de Janeiro sediará, entre os dias 1º e 3 de dezembro, o I Congresso Internacional de Educação a Distância.