Um engenheiro de Sinop realiza há mais de um ano um trabalho de aproveitamento do isopor inutilizado por empresas e moradores do município. “Trabalho em conjunto com os catadores de papelão da cidade, eles coletam o isopor a meu pedido. Eu faço a trituração misturando-o ao concreto na fabricação de blocos e lajes substituindo boa parte da pedra brita. Isso torna o bloco mais leve e térmico”, disse ao Só Notícias, Renato Curvo Sobrinho, responsável pela reciclagem.

Segundo Renato, os blocos são fabricados de acordo com a utilização. Por exemplo, para lajes mistura-se o isopor na própria betoneira e para blocos de parede é necessário acrescentar um tipo de resina para criar liga e torna-lo mais resistente.

“Durante um ano realizei pesquisas e testes de resistência, combustão, impermeabilização e dosagem de cada produto utilizado para liga. Há 4 meses fabrico e vendo, estou agora produzindo blocos para a construção das casas populares”, ressaltou.

O isopor é um material inflamável, ele apenas derrete com o calor o que o torna mais resistente e apto para ser aplicado ao concreto, “esse trabalho só não pode ser empregado nas estruturas, como nos pilares de sustentação, vigas e fundação. Mas é muito bom para os postes de jardins, muros e para o solo arenoso de Sinop é excelente, pois é mais leve”, afirmou Renato.

Para a fabricação dos blocos com isopor o custo é o mesmo da fabricação com pedras por causa do transporte, frete e o número de funcionários que chega a passar de 2 para 4. Mas para as construtoras a economia e de até 50%. O isopor leva de 200 a 300 anos para se decompor.