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Geral

Embrapa apresenta inovação em biodiesel

18 de outubro de 2004 - 09:05

A Embrapa Agropecuária Oeste, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estará expondo equipamento para a obtenção de biodiesel no 1o Congresso Internaciona de Bioenergia a se
realizar de 18 a 21 de outubro no Centro de Convenção Arqto Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande - MS. O desenvolvimento do protótipo é o resultado de uma parceria entre a Embrapa e a Universidade de Brasília e
encontra-se em fase final de testes.

Apesar de extremamente simples e de custo bastante reduzido, o equipamento representa uma grande inovação para a produção do biodiesela partir de óleos vegetais, sendo uma rota alternativa à já radicional transesterificação. O processamento do óleo vegetal acontece por conversão térmico/catalítica e recebe o nome de craqueamento. Segundo o Dr. Renato Roscoe, Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da
Embrapa Agropecuária Oeste, "a grande vantagem do processo é abrir a possibilidade de produção de um combustível, com alta qualidade, na propriedade, sendo um processo mais seguro e menos complexo que a
transesterificação". O pesquisador esclarece que a transesterificação dificilmente seria aplicável em pequena escala, pois envolve etapas complexas, exigindo equipamentos mais sofisticados para a obtenção de um
combustível de alto padrão. "Além disso há a necessidade de utilização de álcool para desencadear o processo e a produção de resíduo de glicerina", complementa.

A produção do biodiesel pode ser obtida a partir de diversos óleos vegetais, destacando-se a soja, girassol, mamona e dendê. Segundo os pesquisadores, o protótipo representa uma ótima alternativa de renda para os agricultores familiares de toda as partes do Brasil, desde o semi-árido nordestino até as reservas extrativistas da Amazônia.

Segundo o Dr. Renato, "o craqueamento não entra como uma tecnologia para competir com a transesterificação, mas sim como uma rota alternativa, com vantagens comparativas em determinadas situações".

A produção de biocombustíveis vem ganhando destaque em função das elevações do preço do petróleo e da necessidade de redução da emissão de gases de efeito estufa. "Sendo fontes de energia renováveis, os óleos
vegetais não intensificam o aquecimento do planeta pelo efeito estufa e não correm o risco de esgotamento", ressalta o Dr. Renato. "Diante de nossas condições naturais e do avanço tecnológico de nossa agricultura,
em um futuro próximo, o Brasil deverá ser o grande 'celeiro' de energia renovável do mundo".

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