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Geral

Em dia tenso, Bovespa perde 8,89%, dólar bate R$ 2,37

22 de outubro de 2008 - 16:37

O mercado de ações brasileiro continua preso ao pessimismo dos investidores com a perspectiva de uma recessão global. Nesta quarta-feira, o mau humor é reforçado pelos maus resultados já divulgados por grandes empresas americanas, em um desdobramento da crise dos créditos "subprime". Em dia de estresse global, o câmbio disparou, forçando mais uma rodada de intervenções agressivas do Banco Central. A taxa de risco-país também sobe com força e se aproxima dos 700 pontos.

O Ibovespa, índice que acompanha os preços das ações mais negociadas, desaba 8,89% e marca os 35.571 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,82 bilhões.

O dólar comercial é negociado a R$ 2,379 na venda, em forte alta de 6,63%. A taxa de risco-país marca 650 pontos, número 20,81% acima da pontuação anterior.

O Banco Central já interferiu por três vezes no mercado de câmbio. Pela manhã, perto do meio dia, a autoridade monetária realizou um leilão de venda de dólares, com queima de reservas. Nessa operação, o BC não informa o volume financeiro movimentado, mas tão somente a taxa pela qual aceitou vender moeda: R$ 2,3560 (a taxa de corte).

Pouco mais tarde, a instituição realizou o leilão de "swap" cambial programado desde ontem. O BC ofereceu 10 mil contratos de "swap", que vencem em dezembro, mas o mercado somente tomou 4.330 contratos. Menos de uma hora depois, às 13h30, o BC voltou à carga, oferecendo outros 6 mil contratos de 'swap' cambial. Desta vez, os bancos aceitaram a oferta na íntegra.

As Bolsas européias encerraram os negócios com fortes baixas, a exemplo de Londres (queda de 4,46%) e Frankfurt (retração de 4,45%). No epicentro da crise, a Bolsa de Nova York amarga recuo de 4,26%.

Empresas

Ontem à noite, o portal Yahoo! revelou um lucro líquido de US$ 54,34 milhões no terceiro trimestre, número 64% abaixo dos ganhos registrados no mesmo período em 2007.

E hoje, o banco Wachovia anunciou um prejuízo de US$ 23,9 bilhões no terceiro trimestre. Segundo agências internacionais, trata-se da maior perda já registrada por uma instituição financeira desde o início da crise dos créditos 'subprime'.

A brasileira Suzano Papel e Celulose informou hoje prejuízo líquido de R$ 293,07 milhões no terceiro trimestre, ante um lucro de R$ 168,34 milhões em idêntico período em 2007. No terceiro trimestre do ano passado, as receitas financeiras haviam superado as despesas em R$ 84,06 milhões. Neste ano, no entanto, o chamado 'resultado financeiro líquido' (receitas menos despesas) ficou negativo em R$ 653,51 milhões.

No front doméstico, o governo lançou mais uma medida para enfrentar os possíveis desdobramentos da crise global sobre a economia brasileira: a autorização para o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal adquirirem participações em instituições financeiras no país sem passar por um processo de licitação.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que muitas instituições financeiras estão com problemas de caixa no país. 'Não tem banco quebrando no Brasil. Isso não isenta o sistema financeiro de problema de liquidez. Se não tivesse, o BC não estaria devolvendo o compulsório, não haveria compra de carteira', afirmou ele







Folha Online

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