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Em 4º reajuste do ano, BB eleva juros de crédito imobiliário para 10,4%

Campo Grande News - 18 de maio de 2015 - 16:07

A partir de hoje (18), o Banco do Brasil eleva a taxa de juros do financiamento imobiliário de 9,9% para 10,4% ao ano, mais a TR (Taxa Referencial). Com as novas regras, o prazo para os clientes de alta renda, que financiarem 60% do imóvel, passa de 360 para 420 meses, ou seja, 35 anos.

Para quem pretende financiar 80% do total, continua valendo o prazo de 360 meses, que equivalem a 30 anos; enquanto servidores federais podem financiar 90% em até 180 meses, que representam 15 anos. O valor mínimo para financiamento é de R$ 20 mil e o máximo é R$ 520 mil para todos os clientes, aqueles que financiam pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação). Para os servidores federais, que entram no mesmo sistema, o valor pode chegar a R$ 585.000,00. Aqueles que usam a linha da CH (Carteira Hipotecária) podem financiar até R$ 5 milhões.

Esse é o quarto reajuste da taxa feito este ano, segundo o gerente de negócios do Banco do Brasil, Devanir de Souza Rodrigues. Em janeiro, a taxa passou de 8,9% para 9%; em março foi para 9,4% e em maio alcançou os 9,9%.

O aumento da taxa Selic, os juros básicos do país, é o que motivou o reajuste, de acordo com o gerente. A alta da Selic eleva o curso de captação por meio de LCI (Letras de Crédito Imobiliário). O gerente acredita que a alta não deve diminuir o número de financiamentos. “Nós não restringimos o crédito, pelo contrário, queremos impulsionar os financiamentos, tanto que a oferta de crédito contratada em Mato Grosso do Sul aumentou 30%, este ano. Foi a que mais cresceu no Brasil”, comentou o Devanir.

Caixa - No dia 4 deste mês, a Caixa Econômica Federal também alterou as regras. Os financiamentos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo tiveram redução do limite do valor financiado de 80% para 50% do total do imóvel e de 70% para 40% para imóveis no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), pelo SAC. No último reajuste do juro do crédito imobiliário da Caixa a taxa passou de 8,8% a 9,15% para 8,8% a 9,45%.

Os reajustes também ocorreram em função da taxa Selic, conforme a Caixa. “Para este ano a principal fonte de recurso para crédito imobiliário será o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e as operações do Programa Minha Casa Minha Vida. Para esses financiamentos, a Caixa esclarece que as concessões estão sendo realizadas normalmente e não tiveram nenhuma alteração nas condições”, garante o banco em nota enviada à imprensa.

Impactos – Para o presidente do Secovi/MS (Sindicato de Habitação), Marcos Augusto Neto, as novas regras da Caixa dificultam a venda tanto de imóveis usados, quanto dos novos. “O que alivia um pouco é saber que outros bancos privados, por exemplo, o Banco do Brasil, vai manter o financiamento de 80% do valor do imóvel e o prazo de pagamento passou de 30 para 35 anos. Lógico que as taxas de juros subiram, só que isso é para poder manter esse aumento de prazo”, avaliou, ao lembrar que a concorrência entre os bancos ajuda a equilibrar o mercado e mantém a economia do país fluindo.

Ficou mais difícil para quem quer vender um imóvel usado e comprar um novo, na opinião do presidente do Creci/MS (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) Delso José de Souza. Ele destaca que foram mais de dez anos de financiamento estável. “Porém, essa decisão que a Caixa tomou em relação às poupanças, foi em momento crítico do mercado. Isso afeta toda a cadeia produtiva e pode ser que atrapalhe ramos de material de construção, mão de obra, construção, entre outros segmentos”, disse.

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